Sala de Comando da EPF, 08:30 PM
A última reunião sobre o caso de Dahmer havia começado. Os agentes estavam ansiosos, não viam a hora de colocar um ponto final nessa história de terror. Na frente da enorme tela, ao invés de ter a grande mesa, haviam cadeiras em fileiras. E na frente das cadeiras havia um palco, nele havia um púlpito com um notebook e um microfone. Os agentes e pesquisadores estavam todos ali, sentados nas cadeiras. Gary vai até o púlpito e pega o microfone. - Olá agentes! Gostaria de parabenizar todos vocês pelo excelente trabalho. Nessa última reunião, iremos tirar as conclusões de tudo que aconteceu. Analisar a história de vida de Dahmer, o assassino, como ocorreu a morte dele, segundo os resultados da autópsia e os relatos da agente que coordenou as buscas pelo corpo, e por fim, falaremos um pouco sobre a saúde mental de Dahmer e as consequências da chuva ácida em nossa ilha. - diz Gary, sorrindo. Ele estava contente pelo fim do caso. Os agentes estavam agitados, não viam a hora de acabar com esse caso de uma vez por todas. Ainda no púlpito, Gary continuava a introdução da reunião. - Christopher Dahmer, esse é o nome completo do assassino que atormentou a ilha nos últimos dias. De acordo com o banco de dados da EPF, ele era um pizzaiolo, já foi diagnosticado como psicopata e se envolveu com cassinos. Bom... me disseram que quando alguns de vocês estavam na caverna de Dahmer, ele acabou contando sua história, algum de vocês poderia vir até aqui contar o que ouviu? Ainda agitados, e olhando para os lados, como se estivessem querendo sair dali, os agentes se entreolham. Repentinamente, Kate se levanta, ela ainda estava perturbada com tudo que ouviu Dahmer dizer, porém ela decidiu desabafar. - Eu estou disposta a falar. Aliás, quando eu voltei para a caverna com o propósito de resgatar Libby, Dahmer disse mais algumas coisas, provavelmente frutos de seus devaneios. - diz Kate, se sentindo um pouco conturbada. - Ótimo! Venha até o púlpito e diga tudo o que ouviu. Será de extrema importância para a conclusão desse caso. - fala Gary, curioso para saber o que Kate ouviu. Kate caminhava até o púlpito de forma um pouco retraída. A agente de elite estava receosa, ela pega o microfone e começa a contar tudo que ouviu. Conforme ela contava a história de Dahmer e tudo que ele disse para ela, ela sentia repulsa de tudo que ele causou, porém ela sentia um temor, e não sabia o porquê disso. Os agentes e pesquisadores, que estavam sentados nas cadeiras logo à frente, se sentiram um pouco incomodados ao escutar a história de vida de Dahmer e os seus dizeres finais antes de morrer. Kate deu um suspiro, ela queria paz, apenas isso, ela nunca havia se sentido assim antes. Ao término do relato ela se sentiu um pouco mais em paz, contudo ela não se sentia bem ao se lembrar de Dahmer. Quando Kate ia descer do palco e voltar para seu lugar, Gary se levanta. - O próximo tópico será sobre como Dahmer morreu, entretanto, Kate foi a única que viu. Você poderia descrever como foi esse momento fatídico? - diz Gary, se sentando logo em seguida. Kate concorda com a cabeça, ela volta para o púlpito. Um pouco pálida, ela começa novamente a falar. - Foi uma das coisas mais tenebrosas que eu já vi em toda minha vida... só de lembrar, eu me arrepio. Esse momento me perturba, eu peguei Libby no colo, e sai correndo, e quando olhei para trás... Dahmer estava imóvel, sorrindo de uma forma terrivelmente alegre, aquilo era perturbador... - diz Kate, ela estava atordoada apenas pelo fato de se lembrar daquilo, a agente faz sinal que precisava de um copo de água. Rapidamente, Gary o traz. Kate beberica a água, ela estava um pouco trêmula. - Foi a coisa mais terrível que eu já vi... ele sorrindo daquela forma e em seguida sendo esmagado por uma rocha enorme, aquilo foi medonho e arrepiante. Só tenho isso a dizer... - conclui Kate, andando até a sua cadeira, ela estava ofegante e fraca. Gary ajuda Kate a se sentar, e logo depois volta ao púlpito. Gary estava pouco assustado com a reação de Kate e com tudo o que ela contou. - Pelos tubos de ensaio... foi uma descrição perturbadora. A história de Dahmer definitivamente é algo bizarro e singular. Bom, continuando a falar sobre esse assunto da morte de Dahmer, chamo a agente especialista e física teórica Sofia para relatar como foi a busca pelo corpo do mesmo. - diz Gary, sorrindo para Sofia. A agente se levanta, e anda até o palco com seu jeito pomposo. Ela descreve minuciosamente como foi o processo de buscas, além disso, a física também descreve o estado do corpo de Dahmer quando ela o achou. No fim de sua fala, Sofia diz que levou o corpo para o Instituto Médico da EPF, e pede para que Eric mostre os resultados da autópsia. O médico legista se levanta e vai até o púlpito, enquanto isso, Sofia volta para o seu lugar. - Bom, não há nada que vocês já não saibam, foi um óbito por causa externa, no caso, por esmagamento por uma rocha. O esmagamento ocasionou fraturas em vários locais do corpo, vários ossos perfuraram órgãos vitais, e os órgãos foram esmagados. Além disso, houve também a questão da hemorragia. Foi uma morte praticamente instantânea, e extremamente dolorosa. Foi acidental, e não havia possibilidade de socorro médico após o esmagamento. Essas foram as conclusões obtidas. - diz Eric, ele lia a Declaração de Óbito de Dahmer. Mesmo com enorme experiência como médico legista, o estado repugnante do corpo de Dahmer o perturbou. O médico deixa o púlpito e vai até seu respectivo lugar, Gary, de forma apressada, volta ao púlpito. Ele anuncia a última parte da reunião, discutir sobre a saúde mental de Dahmer e os efeitos causados pela chuva ácida. - Vamos então para a última parte da reunião, discutir um pouco sobre a saúde mental de Dahmer, isso será importante para concluir esse caso. E para concluir de uma vez, iremos falar sobre as consequências da chuva ácida que assolou a ilha há algumas horas atrás. Quem gostaria de comentar um pouco sobre a saúde mental de Dahmer? - diz Gary, ele estava muito ansioso para encerrar o caso. - Eu acho que tenho algumas considerações a fazer. - fala Sara, se levantando rapidamente de sua cadeira. Ela olhava para os lados com os braços cruzados, a médica ainda estava inquieta. Gary faz sinal para Sara subir até o palco e ele logo sai do mesmo. Andando de forma um pouco apressada, como se estivesse com medo de algo, a neurologista chega até o púlpito. Sua face era de espanto. - Bom... todos nós sabemos que Dahmer tinha um comportamento peculiar, seus pensamentos e ideias eram realmente bizarros. Como ele mesmo disse, ele era um psicopata. Segundo o diagnóstico que conclui que ele tinha esse transtorno, foram fatores genéticos que causaram a psicopatia. Porém, os fatores ambientais e psicológicos ajudaram e muito a contribuir para que essa psicopatia se expressasse de forma extrema. - diz Sara, ela estava agitada. Sara apontava para o telão, nele havia uma imagem do diagnóstico de psicopatia de Dahmer. - Está escrito claramente, Transtorno de Personalidade Dissocial, esse é o nome técnico para psicopatia ou sociopatia. Dahmer se encaixa facilmente a todas características de um psicopata. Gostaria de destacar uma, os psicopatas tem a tendência de arrumar racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que o leva a entrar em conflito com a sociedade, lembram de quando Dahmer disse que todos deveriam morrer por serem perversos? Ele realmente adoeceu, virou um psicopata completo. O diagnóstico ainda apresenta uma comorbidade, ele também possuía perturbações de ansiedade. Concluo dizendo que ele se perdeu em seus objetivos e foi tomado pela insanidade. - fala Sara, que ficou no palco em silêncio por mais alguns segundos. Ela sai de forma aligeirada e volta ao seu lugar. Gary volta ao púlpito, ele realmente não via a hora de encerrar o caso. - Foram ótimas colocações doutora Sara! Agora, o último tópico a ser discutido, os efeitos da chuva ácida. As chuvas ácida ao caírem na superfície causam grande impacto ambiental, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras. E mais, causam prejuízos não só nas áreas de mata e lavoura, mas na área urbana, corroem estruturas metálicas, monumentos históricos e edificações. São inúmeros efeitos negativos, contudo nós devemos procurar meios de reverter essas consequências de forma mais rápida do que o natural. Não é agora que conseguiremos idealizar algo que reverta esses efeitos, será algo feito com o passar do tempo, mas precisamos de algo eficiente, os cientistas da ilha e da EPF com certeza irão pensar em algo. Alguém gostaria de fazer algum comentário a respeito? Sem dizer nada, Libby se levanta e vai até o púlpito. Gary sorri para Libby e entrega o microfone para ele, em seguida, Gary desce do palco. Libby tecla na apresentação de slides do notebook e coloca uma imagem de uma área da ilha, antes e depois da chuva ácida. - Essa é uma imagem que mostra claramente os efeitos da chuva ácida em nossa ilha. Uma região de mata, antes e depois da chuva ácida. Vemos que antes a vegetação parecia saudável, tudo parecia bem, porém a chuva ácida mata algumas árvores e faz clareiras, vemos agora que essas árvores estão quase sem folhas e aparentemente parece que algumas árvores caíram devido a ação da chuva. - diz Libby, respirando fundo. Libby ainda estava incomodado com a ideia de que tudo foi ocasionado pela sua criação. Ele toma um gole de água de um copo que estava no púlpito, ele estava tentando ficar calmo. - Agora teremos que convocar cientistas e pesquisadores de toda a ilha, para tentar pensar em algo que faça essa floresta destruída voltar a ser como era antes. Mas não apenas isso, temos que descontaminar o solo e as águas, para então recuperar as plantações e lavouras, e aí as cadeias alimentares voltarão a funcionar normalmente. Se nós não fizermos nada para recuperar a área, ela poderá se recuperar sozinha em cerca de 20 anos, mas isso é tempo demais, por isso temos que pensar em algo. Então, primeiro teremos que recuperar o solo e a água, teremos que fazer o pH de ambos voltar ao normal, e claro, descontaminar essas áreas que foram atingidas pelos poluentes. E após isso teremos que reflorestar a mata, e esperar que a biodiversidade volte a ser como era antes, com o solo descontaminado as lavouras poderão voltar normalmente com suas atividades. Temos muito o que pensar sobre isso ainda, terá que ser feito um trabalho em equipe. - diz Libby, ele deixa o microfone no púlpito e sai calmamente do palco voltando para seu lugar. Gary estava animado, ele anda com passos rápidos até o púlpito. O inventor pega o microfone, e logo depois tecla em seu notebook, colocando a logo da EPF no telão. - Foi uma ótima reunião, muito esclarecedora! Irei redigir um relatório sobre tudo o que foi falado aqui, e aí o caso estará oficialmente encerrado. Gostaria de parabenizar todos vocês pelo excelente trabalha prestado, é uma honra trabalhar com vocês! Agora eu irei mostrar a vocês um curto vídeo com uma mensagem da A Diretoria. - fala Gary, sorrindo. Ele aperta uma tecla em seu notebook. ''Olá agentes,vocês foram corajosos e nobres, resistiram até o último momento. Foi um dos casos mais difíceis e sombrios da história da EPF, porém vocês conseguiram! Dahmer se afogou no sangue das próprias vítimas, ele pagou o preço. Gostaria de convidar todos vocês para uma cerimônia, onde vocês poderão se distrair um pouco, e receberão medalhas. Lembrem-se... seja ágil. Seja amigo. Esteja alerta.'' fala A Diretoria, muito satisfeita com o trabalho dos agentes e pesquisadores. - A cerimônia será amanhã! Ela se iniciará às sete horas da noite e será em uma área de festas do Shopping de Puffitos Silvestres. Alguns de vocês também terão umas boas surpresas. Conto com a presença de todos vocês. Foi um prazer trabalhar com vocês! Estão liberados, enquanto isso eu foi redigir rapidamente o relatório. - diz Gary, com um enorme sorrido estampado em seu rosto. Ele acenava para os agentes, que se levantavam apressados para ir embora, não conseguiam acreditar que o caso havia acabado. Os agentes foram para seus iglus, ainda queriam descansar mais um pouco, poder dormir com a cabeça leve, sabendo que não há mais o que temer. Gary terminou de redigir o relatório às nove e quinze da noite e foi para seu iglu, ele também estava exausto com todo esse caso. Todos só queriam paz... os tempos harmoniosos pareciam ter voltado. Iglu de Sara, 06:00 PM Libby estava sentado numa cadeira no jardim do iglu, ao seu lado havia uma pequena mesa e mais algumas cadeiras. Ele parecia estar com o pensamento distante, olhava para os arbustos e pinheiros e para o lago do jardim, contaminados pela chuva ácida. Sara vai até o jardim, ela percebe que Libby estava reflexivo. Calmamente, Sara se senta numa das cadeiras ao redor da mesa onde Libby estava sentado. - No que você está pensando? Parece aflito. - diz Sara, olhando para o rosto de Libby. - Eu estou pensando em Dahmer, nos momentos de aflição que ele nos proporcionou... não consigo deixar de ficar incomodado com isso. Ainda mais quando eu venho no jardim para relaxar e vejo que tudo está contaminado pela chuva ácida. - fala Libby, inquieto. - Eu te entendo... quando eu lembro desses momentos tenebrosos eu fico incomodada. Principalmente quando eu enlouqueci e resolvi procurar por você sozinha. - diz Sara, olhando para os lados. - Tudo é muito recente... muito vivo na nossa memória. Com o tempo essas memórias vão deixar de nos afligir. Quando os cientistas da ilha descontaminarem a ilha eu ficarei muito feliz. Tudo é questão de tempo. - fala Libby, se espreguiçando na cadeira. - Sabe... eu gosto de pensar que tudo acontece por um motivo. - diz Sara, pensativa. - E na maioria das vezes, nós nem chegamos a saber o motivo. - Você tem razão... - fala Libby, um pouco incomodado. - Tem outro ponto que eu gostaria de destacar, não é porque tudo acabou, que nós iremos esquecer de tudo que aconteceu. Devemos saber viver com essas lembranças, se não morreremos loucos. - Isso é a mais pura verdade... mas agora devemos focar em outras coisas, que tal começarmos a nos arrumar para a cerimônia da EPF? - diz Sara, se levantando de sua cadeira. - Uma outra hora nós podemos voltar a conversar sobre isso. - Okay... é melhor relaxarmos um pouco. Esses assuntos me arrepiam! - exclama Libby. Libby e Sara saem do jardim e voltam para o iglu, eles vão para seus respectivos quartos. Sara vasculhava seu guarda-roupa em busca de um look ideal. Sua cama se encheu de acessórios, vestidos e sapatos. Enquanto isso, Libby já tinha uma roupa em mente. O químico vestiu uma calça social areia, uma camisa social branca e um sapato social preto. Ele procurava pelo seu terno e gravata, para deixar sua roupa diferente das outras que os convidados poderiam estar usando. - Finalmente achei! O meu terno azul acinzentado e a minha gravata com listras diagonais alaranjadas, azuis, brancas e vinho. Acho que fiz uma combinação incrível. - diz Libby, vestindo o terno e logo depois colocando a gravata, enquanto se olhava no espelho. Libby estava praticamente pronto, só faltava ele arrumar seu cabelo. Enquanto isso, Sara ainda estava indecisa com qual roupa ir. A médica se viu cercada por inúmeras peças de roupa, não conseguia se decidir, estava experimentando várias delas. Em pouco tempo, o químico havia terminado de se arrumar, ele se aproximou do quarto de Sara e bateu na porta. A neurologista abriu a mesma. - Falta muito para você terminar de se aprontar? - pergunta Libby, observando as roupas e acessórios espalhados pelo quarto. - Eu simplesmente não sei com que roupa ir. Não sei se visto algo mais glamouroso ou mais simples. - fala Sara, descabelada e indecisa. - Acho que vi um que ficará bom em você. - diz Libby, pegando um vestido violeta com fenda, que estava jogado no chão. - Use esse vestido, ele ficará ótimo. - Será? Bom... não custa experimentar. - fala Sara, pegando o vestido e analisando-o. - Agora me dê licença para eu me vestir. Libby sai do quarto de Sara e vai até a sala, ele iria assistir televisão enquanto esperava Sara acabar de se aprontar. Sara colocou o vestido que Libby sugeriu, ela se olhava no espelho, havia gostado dele. Animada, e com pressa, ela procurava na bagunça de seu quarto um sapato para colocar. - Que sorte! O vestido ficou ótimo. - diz Sara, alegre. - Acho que esse scarpin azul arroxeado ficará perfeito. Não posso me atrasar para a cerimônia, irei com essa bolsa carteira azul cobalto com alça de pérolas, ela é um arraso! Em poucos minutos, Sara estava pronta. Ela estava realmente deslumbrante, assim como Sofia, ela adorava o mundo da moda e estava sempre por dentro dos últimos lançamentos. A médica andava pelo iglu procurando Libby, ela o encontrou na sala. - Libby! O vestido ficou perfeito, estou me sentindo radiante. Agora irei arrumar meu cabelo, quero ficar impecável! - fala Sara, andando apressada até o banheiro. Após mais alguns minutos, Sara fez um penteado belo. Seu cabelo loiro agora estava ondulado, suas madeixas áureas tinham um forte brilho e possuíam movimento conforme Sara andasse. Libby ficou encantado com a venustidade de Sara, suas vestimentas coexistiam de forma harmônica. - Você caprichou no visual! Agora que estamos prontos, já devemos ir para a cerimônia! Devemos chegar alguns minutos antes dela começar. - diz Libby, desligando a televisão. - Exatamente! Não quero chegar atrasada. Vamos no meu carro. - fala Sara, guardando seu celular e seus documentos em sua bolsa carteira. Libby e Sara vão para a garagem do iglu e entram em um dos dois carros que lá estavam. De forma rápida, eles saem da garagem e vão velozmente em direção ao Plaza. Shopping de Puffitos Silvestres, 6:50 PM Os pesquisadores estacionaram o carro na frente do Pet Shop, desceram do mesmo e andaram apressadamente até a entrada do shopping. Ao se aproximar da entrada encontraram Anna, Lucas, Kate e George. - Olá amigos! Vocês já vão entrar? - pergunta Sara, cumprimentando os amigos. - Sim! Já iremos entrar, o John e a namorada dele, a Isabelle, já entraram. E se eu não me engano, Sofia e Eric também já entraram. - diz Lucas, animado para a cerimônia. Os pesquisadores e agentes entraram juntos no shopping, ele estava em pleno funcionamento, todas as lojas estavam abertas e haviam muitos pinguins perambulando pelo shopping. Porém, a cerimônia ocorreria em uma área de festas, onde apenas os convidados poderiam entrar. Depois de uma curta caminhada pelo shopping, os pesquisadores e agentes chegam até a área de festas, era um enorme salão, com design moderno. O chão era verde turquesa, havia um grande e luxuoso palco com um telão e um púlpito. Ao redor do palco haviam inúmeras mesas redondas com toalhas brancas, muito elegantes, em cima de todas as mesas havia uma luminária em formato de puffle. Além disso, havia uma enorme pista de dança, na frente da mesma havia um palco com uma mesa de DJ. Também haviam mesas muito compridas com os mais diferentes tipos de alimentos e bebidas. As paredes do salão eram de vidro, na frente de cada segmento de vidro havia uma grande luminária azul neon de coqueiro. Após apreciarem a decoração do ambiente, os agentes e pesquisadores foram se sentar. Libby, Sara, Anna e Lucas se sentaram em uma mesa, e George, Kate, John e Isabelle se sentaram na mesa ao lado. Em uma mesa um pouco distante dos agentes e pesquisadores, estavam Eric e Sofia. Uma música animada de festas antigas começava a tocar de fundo. - Finalmente um momento animado depois de tanta tensão. O que vocês irão fazer? Agora que acabou o caso de Dahmer. - diz Libby, ainda observando a decoração. - Bom... teremos que esperar o Gary nos recrutar para outra missão. Enquanto isso, nós ficaremos na monotonia de vigiar a ilha. E vocês? O que farão? - fala Anna, mexendo em seu cabelo. - Vamos voltar a velha rotina. Eu vou voltar a trabalhar nos iglu hospitais da ilha, e Libby na Universidade. - fala Sara. - Parece que tudo voltará ao normal. - fala Lucas, sorrindo. - O Libby deveria publicar estudos de química, ele fez tanta coisa interessante para se safar de Dahmer. - A maioria das minhas pesquisas serão buscas por formas de descontaminar a ilha de modo rápido e eficiente. Mas continuarei fazendo umas pesquisa com química quântica e teórica. - diz Libby. Enquanto isso, na mesa ao lado. Os agentes conversavam com Isabelle, procuravam conhecê-la melhor. - Você trabalha com o quê? - pergunta Kate. - Sou matemática, atualmente estou trabalhando mais com a estatística e probabilidade. - diz Isabelle. - E você é de qual classe de agente? - Eu sou agente de elite, a classe básica. Já o George é agente da força tática. - responde Kate. - Ser agente é incrível, vimos desde um assassino até um pinguim com molho de tomate em uma banheira. - diz George, rindo. - Aquele dia foi... peculiar. - fala John, rindo junto com o amigo. - Parece que todos já estão se servindo, eu não quero ficar de fora dessa! - diz Kate, se levantando e indo até a mesa da comida. Na mesa de Eric e Sofia, os dois agentes conversavam animadamente. - Em breve eu tirarei férias da EPF. Não vou deixar de ir um dia na Praia e na Prainha! O caso de Dahmer realmente tornou a ilha um caos, praticamente todos os agentes foram convocados para vigiar a ilha ou algo do tipo, e eu fui uma das agentes convocadas, preciso descansar. - diz Sofia, ajeitando seu cabelo enquanto se olhava em um espelho. - Que coincidência! Eu também irei tirar férias, estou realmente exausto, trabalhei bastante nesses últimos dias. Fiz a autópsia do corpo de Lucy, de Steve e de Dahmer, fora os outros corpos de pinguins que chegam no instituto.. - fala Eric, entusiasmado com suas férias. Após preparem seus pratos, os agentes e pesquisadores voltaram aos seus lugares. Eles adoraram as comidas e bebidas da cerimônia. - Conversar é muito legal, mas ainda prefiro comer. - diz Anna, rindo. - O churrasco está perfeito. - É, realmente, o churrasco superou minhas expectativas. - fala Sara, cortando um pedaço de carne de seu prato. - Gostaria de dizer uma coisa... andei muito reflexiva nesses últimas dias, e eu percebi que vocês, agentes, foram ótimos companheiros, amigos para vida toda. - Definitivamente, formamos um ótimo grupo! Lembrem-se de que nem nós agentes nos conhecíamos. Criamos um vínculo muito rápido. - diz Anna, sorrindo. - Tão rápido que a Anna não resistiu ao meu extraordinário charme. - fala Lucas, olhando para Anna. - Faz falta modéstia, hein? - diz Anna, rindo. Após conversarem mais um pouco, e comerem, um pinguim com um cabelo um pouco bagunçado e com fones de ouvido, andava em direção ao palco com a mesa de DJ. Ele ajeitou sua jaqueta cintilante e então começou a apertar os botões, animado, ele grita: - Está aberta a pista de dança!!! Se eu disser NÃO DANCE, você diz SEM CHANCE! - fala o DJ, colocando um disco em seus aparelhos. Quase que instantaneamente a pista de dança se abarrotou de gente, todos dançavam euforicamente ao som de velhas músicas que contagiavam inúmeros pinguins em festas antigas. Anna e Sara dançavam como loucas, balançando os cabelos sem parar. Eric e Sofia dançavam animados ao lado de Anna e Sara. Libby dançava em sincronia com John e George. Enquanto isso, Kate e Isabelle faziam passos aleatórios, elas riam uma da outra pela falta de habilidade em dançar. Enquanto todos dançavam, Lucas bebia alguns drinks, logo depois ele subiu até o palco do DJ e pegou uma guitarra vermelha que estava encostada na parede. O agente, então, começou a dedilhar a guitarra tocando a mesma música que o DJ estava executando. Lucas então foi para a pista de dança, todos continuavam a dançar euforicamente. Todos dançaram bastante, talvez fizeram uma das maiores festas que aquela ilha já viu. Os pesquisadores e agentes voltaram para seus respectivos lugares, estavam exaustos. Não muito tempo depois, uma figura misteriosa sobe no palco e vai até o púlpito, era A Diretoria. - Olá a todos, eu sou A Diretoria, chefe da Elite Penguin Force. Estou aqui hoje para condecorar alguns pinguins muito especiais, todos nós agradecemos por suas habilidades e coragem notáveis, o Club Penguin está a salvo. De fato...Vocês salvaram todos nós pinguins. Venham até o palco, Libby, Sara, Anna, George, John, Kate, Eric e Sofia. - diz A Diretoria, com seu modo misterioso de agir. Os agentes, o químico e a médica saem de seus lugares e vão em fila até o palco, eles estavam extremamente felizes. Ao chegar lá, A Diretoria cumprimentou-os e colocou uma medalha reluzente que apresentava o formato de um frasco de Erlenmeyer no peito de cada um dos agentes e pesquisadores. A Diretoria voltou ao púlpito. - Além disso, cada um de vocês também ganharão uma carta com uma mensagem escrita por mim. E tem mais, Libby será contratado como químico tecnológico e Sara como neurologista do Instituto Médico da EPF. Agora, uma salva de palmas para todos! - diz A Diretoria, batendo palmas e sorrindo. Libby e Sara ficaram muito surpresos, se olharam e se abraçaram, muito contentes com a notícia. Em seguida, os agentes desceram do palco, estavam muito alegres. Logo depois de voltarem aos seus lugares, Gary se aproxima da mesa onde se encontrava Libby e Sara. - Meus parabéns Libby e Sara! E a todos os agentes que se envolveram de alguma forma com esse caso. Vocês terão que comparecer amanhã por volta das sete horas da manhã na Sala de Comando da EPF para resolverem as questões burocráticas, e logo depois eu mostrarei a vocês como será o trabalho que vocês foram designados a fazer. Até mais agentes! - diz Gary, sorrindo enquanto se despedia dos agentes. - É... parece que eu não vou mais ter que dar aulas. - diz Libby, rindo. - Essa notícia foi realmente muito boa. - fala Sara, contente. Os agentes continuaram por mais um tempo no salão de festas conversando e tomando alguns drinks. Às dez horas da noite, a cerimônia foi se encerrando, os pinguins começaram a ir embora. Os agentes também começaram a retirar-se do salão. Libby e Sara andavam juntos calmamente pelo shopping, eles subiram para o andar de cima do shopping. Caminhavam pelas lojas, e então pararam na frente da loja Coisas que quebram. - Olha essa escultura de puffle em um cristal. É linda, não é mesmo? - fala Libby, apontando para a vitrine. Sara o olhava de um modo diferente. - Err... Sara, está tudo bem? - Estou ótima. Sabe... desde quando eu te conheci, eu sabia que você e eu tínhamos algo em comum que ia além de uma amizade. - fala Sara, olhando profundamente nos olhos de Libby. - Bom... eu simplesmente não sei o que falar. - fala Libby, muito surpreso e um pouco confuso. O químico suava, parecia vermelho. - O shopping já tá vazio, né? Acho melhor a gente ir. - Sim, nós vamos, mas antes eu preciso fazer algo. - diz Sara, ela puxa o químico pela sua gravata e o beija. - Pronto, vamos? - Vamos... - diz Libby, confuso e vermelho. O casal desce pela escada rolante, andavam em direção à saída. De repente, Anna e Lucas passam ao lado deles. - Já estava na hora, não é mesmo? - diz Lucas, rindo. - Então né. - fala Sara, rindo e olhando para Libby. Libby sorriu timidamente. Os agentes saíram do shopping e foram todos para seus iglus. Estavam todos muito felizes com a cerimônia, até porque haviam sido condecorados pela A Diretoria. Libby e Sara eram os que estavam mais contentes, já que haviam ganhado um novo emprego e ainda se assumiram como casal. Depois de tanto caos e momentos tenebrosos tudo parecia finalmente voltar a normal, a ilha voltou a sua harmonia e serenidade. Alpendre do iglu de Kate, 10:30 AM A noite seguia monótona, um vento gélido cortava o ambiente, podia-se ouvir os pinheiros em um movimento suave. A calmaria era perturbadora, não havia ninguém fora de seus iglus. Kate estava andando vagarosamente em direção ao seu iglu, era possível ouvir os sons da noite. Uma neblina fina cobria toda a área, era difícil ver o que estava mais distante,o que deixava tudo ainda mais sombrio era o fato de haver apenas a luminosidade da lua. A agente viu em seu alpendre um brilho, algo cintilante, ela se aproximou mais e percebeu que era um pingente de caveira, repleto de manchas de sangue. Espantada, Kate olha à sua volta e não vê ninguém, ela pega o pingente na mão e vê que ele era familiar. - É... é... o pingente de Dahmer! - exclama Kate, extremamente aterrorizada. - Mas... mas como? Dahmer morreu, se afogou no sangue das próprias vítimas... mas então, como é que o pingente apareceu ali? Foi o sobrenatural? Será mesmo que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia? Talvez tudo tenha um explicação lógica... basta observarmos os fatos...
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Esconderijo de Dahmer, 06:55 AM
Na caverna mal iluminada, o psicopata, que vestia trajes negros, estava logo à frente dos agentes, paralisados e desatinados. Os pensamentos de Anna estavam caóticos, confusos, mas mesmo assim ela, com uma expressão amedrontada, questiona: - Quem é você?! O maníaco, sem dizer nada, retira sua máscara e seu capuz que obscurecia sua face. Os agentes se entreolham, estavam surpresos, Lucas, boquiaberto, fala: - É...é...O pizzaiolo! - diz Lucas, espantado. - Não apenas o pizzaiolo, mas o tormento de suas vidas... - fala Dahmer, com sua voz tenebrosa. - Eu... eu não entendo... - fala Kate, sua face, mal iluminada, transmitia perfeitamente toda a angústia e incredulidade. - Ninguém entende, mas eu entendo... - diz o assassino, com um sorriso maquiavélico. - E Lucy, Steve... mortos por sua sede de sangue... - diz John, incomodado com a situação. - As expressões de desespero em suas faces me alimentam... além disso, vocês não me conhecem... - fala Dahmer, com sua face pálida, ele parecia impassível. - Já te conhecemos o suficiente para saber que você é um ser desprezível e odioso. - fala George, seus músculos faciais pulsavam de raiva. - Eu não entendo o porquê de todos esses seus atos detestáveis... - diz Anna, com os olhos esbugalhados, ela tremulava de medo. - Acho que chegou a hora de contar uma historinha para ver se as crianças medrosas se acalmam... ha ha ha... há alguns alguns, eu, um pinguim fútil... como qualquer outro dessa ilha, ia nos iglus cassinos. Eu, tolo, sonhava com a ideia de ficar rico com aqueles jogos manipulados... um casal era dono do cassino que eu frequentava, Lucy e Steve, tinham se tornado ricos à custa de quem ia lá. Cada vez mais eu ia lá, principalmente depois que me diagnosticaram como psicopata... apenas os jogos me alegravam, mas como eu nunca ganhava... eu fiz um pacto com o diabo... eles perderam tudo, e eu ganhei muito dinheiro, no entanto, eu sofri as consequências, em uma expedição nas montanhas inóspitas da ilha, eu fui soterrado por uma avalanche... os estilhaços de madeira me desfiguraram, e após isso... resolvi mudar de vida, fui contratado como pizzaiolo. - fala Dahmer, atônito e pensando longe. - E quando decidiu tornar essa ilha um caos? - diz John, olhando surpreso para Dahmer. - Esse pacto até hoje me assombra... mas a verdade... é que eu entendi uma coisa... todos nós pinguins, temos um monstro dentro de nós esperando para ser despertado... todos nós somos desprezíveis e pensamos apenas em nós mesmos... se você percorrer todos os caminhos de nosso subconsciente, você achará o que há de mais pérfido e mefistofélico em nós. Então... é melhor que o mundo se livre de nós... tive ainda mais certeza disso, principalmente depois em que fui dominado por atos psicopatas, aquilo era prazeroso... fiquei decidido, todos deviam morrer. O diabo, domina cada um de nós, com seu toque de maldade, que como uma gota em um copo d'água, se espalha rapidamente... - fala Dahmer, respirando fundo e olhando para lugar nenhum. Todos permaneceram calados, os pensamentos dos agentes os abstraíram do local. Estavam espantados com a história de Dahmer, só se ouvia o som da chuva ácida que caia lá fora. Na sala mal iluminada, um foco brilhante que vinha do pingente pendurado no pescoço de Dahmer capturava a atenção. Enquanto os agentes e o assassino se entreolhavam, Libby estava trancado dentro do escritório de Dahmer, ele estava andando em círculos dentro da sala, estava pensando em um modo de fugir daquele local. O químico resolve abrir um dos armários da sala, para a surpresa dele havia um machado e algumas substâncias químicas armazenadas em frascos e cuidadosamente identificadas. - Acabou... Dahmer... - diz Libby, com um sorrisso amedrontador, seus batimentos cardíacos acelararam rapidamente, e novamente ele vivia um turbilhão de emoções. Libby pega o machado, e com passos firmes se aproxima da porta, ele ria de forma alucinada. De repente, o machado atinge a fechadura com força, a porta se abre de forma violenta. Libby encontra os agentes e o maníaco lunático, mesmo atordoado pelas suas emoções ele agarra novamente o machado e ameaça uma investida contra Dahmer. Dahmer, saca sua arma e a dispara, o tiro acerta a parede. Assustados, os agentes se posicionam atrás de rochas e ameaçam disparar contra o assassino. Dahmer corre para se proteger atrás de uma rocha, Libby entende que seria arriscado continuar tentando golpeá-lo com um machado, então, ele volta para o escritório de forma desesperada. Libby, enquanto segurava o machado, respirava de forma ofegante, ele estava irado e tinha extrema aversão a Dahmer. O químico, após ficar mais calmo, vasculha o armário em busca de algo útil. - Mas o que é isso... triperóxido de triacetona, TATP! Definitivamente, acabou pro Dahmer. Isso é extremamente explosivo, fricção e impacto já detonam essa belezinha... o apelido disso é ainda mais medonho, ''Mãe de Satã''... - fala Libby, boquiaberto, ele imaginava uma forma de detonar o explosivo. Libby pega um saco de pano e coloca 2 frascos de triperóxido de triacetona. O professor estava trêmulo de medo, ele sabia das consequências de seu ato, mas ele sentia que era necessário. Libby se aproxima da porta do escritório e a abre de forma rápida. - FUJAM! - diz Libby, tacando o saco de pano com as substâncias explosivas no teto da caverna. O material explodiu. As paredes da caverna oscilaram, estalactites começaram a despencar, atingiram alguns agentes, os tremores não cessavam. A poeira caiu do teto, principalmente ao redor da explosão, algumas pequenas rochas se desprendiam e caiam. - Seu desgraçado! - diz Dahmer, se levantando do chão e disparando o revólver. A poeira fina fez com que Dahmer não enxergasse nitidamente as coisas a sua frente, ele errou o disparo. Conforme o tempo passava, cada vez mais rochas despencavam do teto da caverna, e os fragmentos rochosos que caiam eram cada vez maiores. Uma das rochas atingiu Dahmer nas costas, ele caiu no chão e sua arma foi arremessada longe. Os agentes, corriam para fora da caverna, alguns ainda estavam dentro da mesma e gritavam pedindo para que Libby fugisse. Dahmer, pega uma pedra logo ao seu lado e arremessa no rosto do químico, que se atordoa e cai no chão, ele estava zonzo. O assassino agarra o pé de Libby, de repente, grande quantidade de pedrugulho despenca do teto da caverna e atinge o químico, que acaba inconsciente. Na entrada da caverna, os agentes estavam em pânico. - Essa caverna vai desmoronar a qualquer momento! Temos que salvar o Libby! - fala Kate, aflita. - Por mais perigoso que seja... não podemos deixar Libby ali. É o nosso trabalho... salvar pessoas. - diz Anna, engolindo seco. De repente, Kate corre para o interior da caverna, mesmo sendo atingida por rochas, ela continua correndo. A agente agarra Libby, o assassino que estava caído no chão se levanta enquanto gemia de dor. - Já parou pra pensar que tudo que está trancafiado no nosso subconsciente já seria suficiente para nos jogar no abismo do inferno? Cara agente... você pode prender qualquer um, exceto a perversidade em uma masmorra. Ela sempre escapa... - fala Dahmer, sorrindo para Kate de forma perturbadora. Seu rosto estava cheio de escoriações e feridas. - Observe a crueldade no mundo animal, e reflita que... nós podemos não ir por caminhos escabrosos. Do mesmo jeito que há estratégia para matar alguém, há estratégia para conter a perversidade... - diz Kate, olhando para Dahmer sem expressão alguma. Kate segura Libby no colo e corre para fora da caverna. Alguns segundos depois, a caverna começa a desmoronar, ela olha para trás e vê Dahmer imóvel sorrindo para ela, em seguida ele é esmagado por uma grande rocha, e assim só se vê o brilho do pingente dele. Kate continuou correndo, mesmo transtornada com o que viu, conseguiu sair da caverna a tempo. Ao chegar lá fora ela se joga no chão junto com Libby, e respira de forma descompassada, ela chorava. - Kate, você conseguiu! - diz Anna, abraçando Kate. - Vai ficar tudo bem a partir de agora... A máquina produtora de chuvas ácidas ainda estava operante, e a chuva continuava a cair. Mas mesmo assim, os agentes sorriam alegres e aliviados por finalmente terem encerrado o caso. Sara, que estava em um dos carros dos agentes embaixo de cobertores, que havia acordado há pouco, se levantou do carro, estava um pouco estonteada, Sara olhou Libby no chão e correu descompassadamente em direção a ele. Sara, caída no chão, verifica a pulsação de Libby. O químico estava vivo, Sara o abraçava com força, ela estava eufórica, lacrimejava e ao mesmo tempo ria. A euforia tomava conta dos agentes, eles não conseguiam acreditar que todos os momentos de tensão havia acabado, porém, Kate estava inquieta, as últimas palavras de Dahmer e o seu sorriso macabro vagavam pela sua cabeça. - Não consigo acreditar... finalmente... acabou... - diz Anna, sorrindo. Era como se tivesse tirado um peso de suas costas. A chuva ácida continuava a cair, Libby acorda de forma repentina nos braços de Sara, ele ainda estava estressado e perturbado, ele olhava para os lados tentando entender o que havia acontecido. - Libby! Finalmente, acabou... olhe para a caverna - diz Sara, chorando. Libby se espanta, tudo havia acabado subitamente, a paz voltava a nortear Libby, ele dá um sorriso que irradia serenidade. Contudo, o professor observa sua mais nefasta criação em pleno funcionamento, os sentimentos de culpa voltaram a assombrá-lo. O químico se levanta, um pouco zonzo, ele vai até um veículo de busca e resgate na neve, ele pega uma pistola e verifica se ela está carregada. - Minha mais lesiva e maligna invenção... Ela ainda está funcionando graças a uma bateria que instalei, que entraria em ação caso não houvesse mais energia para operar a máquina. - fala Libby, enquanto apontava a arma para o circuito elétrico da máquina. Ele atira, e o circuito entra em chamas, Libby faz sinal para todos se afastarem, ele observava a máquina queimar, para ele, sua moral estava em chamas. A máquina explode, e o fogo seguia impiedoso. Libby estava desalegre, Sara se aproxima dele e o abraça. - Libby, você não tem culpa de ter construído essa máquina... você foi forçado a isso. - fala Sara, tentando deixar o professor mais calmo. - Eu tentei criar algo que não machucasse os pinguins de fato, já que esses ácidos estão diluídos na água da chuva, então eles não causarão estragos consideráveis em nós. Porém... haverão muitos impactos ambientais. E tudo graças a mim... - diz Libby, desolado. - Nós conseguiremos dar um jeito em tudo isso! Com certeza, você e o Gary conseguirão bolar algo que descontamine de forma mais rápida toda a ilha. Mas, primeiro você precisa compreender que a culpa não é sua. Aquele psicopata é que foi o culpado por tudo que nós passamos, ele é o imbecil. - diz Sara, ela estava preocupada com Libby. Para a médica, ele não deveria se sentir culpado. John se aproxima vagarosamente de Sara e Libby, ele fala: - Coloquem esses equipamentos e essas roupas especiais, assim vocês poderão se proteger da exposição prolongada na chuva ácida. Agora é questão de esperar ela acabar. Ah... e Libby, nós sempre estaremos ao seu lado... - diz John, ele entrega as roupas aos pesquisadores. Em seguida sorri para ambos. Após Libby e Sara terem colocado os trajes especiais, Anna liga para Gary, ele atende. A agente se apoia em um dos veículos. - G... caso encerrado. Achamos o esconderijo do assassino, ele era um pizzaiolo. Além disso, ele obrigou Libby a construir uma máquina produtora de chuvas ácidas, e isso explica o porquê dessa chuva. E o mais intrigante, Libby explodiu a caverna, todos nós fugimos, exceto o assassino, que morreu esmagado... ah! Já ia me esquecendo, e achamos Sara desacordada na mata, ela estava em busca de Libby, mas ela está bem. - fala Anna, agora com suas emoções em harmonia pelo fim do caso. ''Pelos tubos de ensaio! Foram muitas reviravoltas em muito pouco tempo. Rastreei a sua localização e já estou indo para aí!'' diz Gary, no telefone. Anna desliga o telefone e avisa os agentes para esperarem a chegada de Gary. Todos os agentes ali presentes, inclusive os de reforço, sentam-se no chão um do lado do outro. Observavam calados a chuva que ainda caia, podia se escutar os ruídos de árvores caindo. Estavam todos esgotados, mas ainda estavam juntos, eram os mesmos pinguins do começo da missão, porém... estavam tão diferentes, eles aprenderam muitas coisas. Um foco de luz surge no horizonte desbotado. Eram as luzes do veículo de Gary, em poucos segundos ele chega até onde estão os agentes, o inventor desce do veículo e anda em direção aos agentes, ele sorri e diz: - Parabéns! Todos vocês são heróis... fico tão feliz por ver como vocês se esforçaram. Estão todos bem? - fala Gary. Os agentes confirmam com a cabeça. - Antes de encerrarmos o caso uma vez por todas, os agentes que foram designados para resolver o caso terão que comparecer a uma última reunião, que será hoje à noite. Já que hoje à tarde outros agentes irão procurar pelo corpo do assassino em meio a todo esse pedregulho, e em seguida, os médicos farão uma autópsia. Ah! E os agentes de reforço já estão liberados. - fala Gary, ele estava orgulhoso pela determinação dos agentes e pelo foco dos agentes em solucionar o caso, agora a tensão que o atormentava havia passado. Os agentes de reforço se despedem, eles montam em seus carros e veículos de busca e resgate na neve e somem em alta velocidade em meio a mata selvagem. - Até que enfim, a última reunião desse caso. Espero que nunca mais volte a acontecer algo assim, foi o caso mais difícil e tenebroso que eu já participei. - diz Kate, ainda angustiada. - Essa última reunião servirá para nós tirarmos as conclusões desse caso, e também para poder contar suas impressões sobre o caso, um desabafo, caso queiram. Aproveitem que a chuva já está passando para poderem espairecer um pouco, hoje à tarde. - diz Gary, com um tom de voz alegre. - Não sei como vou conseguir me espairecer, sabendo que toda essa contaminação ambiental foi causada graças a mim! É detestável... - fala Libby, inconformado. Sua face ainda transmitia desolação. - Professor Libby... entenda que... você é uma vítima e não o culpado. Conseguiremos descontaminar essa ilha muito em breve, tudo ficará bem, você verá. Bom... agora eu preciso voltar para a Sala de Comando da EPF, vou designar alguns agentes para procurar o corpo do assassino e médicos para fazer a autópsia. Passem bem! - diz Gary, acenando e sorrindo para os agentes. Logo depois, Gary pega o seu veículo e desaparece no horizonte. Lucas se levanta do chão, ele andava de forma lenta, ele respirava fundo. - Vamos até o meu iglu, comer alguma coisa. A chuva praticamente já acabou, posso até ouvir os pássaros. Será bom para esquecermos um pouco desse caso até hoje à noite. - fala Lucas, retirando seu traje especial. Ele arrumava seu cabelo. - Pode ser... toda essa história está me enlouquecendo. Além de tudo, eu passei à noite toda em claro trabalhando naquela invenção desprezível. Vou comer e tentar dormir um pouco. - diz Libby, se levantando do chão e reclamando das dores nas costas. - Foi um dia agitado, melhor nos distrairmos e descansarmos um pouco. - fala George, ele andava em direção aos veículos. - Vamos montar nesses veículos e dar o fora daqui. Preciso de um café para me recompor. - fala Anna, a agente montou em um dos veículos rapidamente e esperou os outros montarem também. Em poucos minutos, os veículos cortaram a mata fechada em alta velocidade, Kate olhou pra trás e viu o amontoado de rochas ficando cada vez mais distante. Kate só queria distância da perversidade de Dahmer, ele era excêntricamente alucinado. Iglu de Lucas, 07:15 AM Os agentes estacionam os veículos ao redor do iglu de Lucas, eles aproveitam para tirar os trajes especiais. Eles só queriam paz naquela ilha, queriam tranquilidade, queriam poder andar pela ilha despreocupados, sem angústias. Os agentes entram no iglu e se sentam no sofá e poltronas da sala, Lucas foi até a cozinha junto com Anna para preparem um café e pegarem os cookies. - E finalmente paz! Sabe... eu fiquei encucada com uma das falas daquele psicopata. E se realmente formos todos maus? - fala Kate, cruzando os braços, sua expressão era de dúvida. - Assim como o veneno depende da dose, a maldade também é assim. Todos temos um pingo de maldade, mas alguns pinguins, como por exemplo aquele idiota, se preenchem de malignidade e diabrura, chega uma hora que ficam cheios disso... e transbordam. - diz Libby, pensativo, enquanto olhava para a parede. - Realmente... faz sentido Libby. Tenho pena da vida que aquele pinguim escolheu... no fim, pagou o preço. - fala Kate, ainda um pouco perturbada. - É uma pena que alguns pinguins acabem assim. É assustador de se pensar do que é capaz uma mente doente como aquela. - diz Sara, olhando para os lados, ela estava agitada. - O que importa é que tudo aquilo acabou, certo? - fala George, sorrindo para os amigos. - George tem razão, devemos procurar ficar calmos. Devemos tentar esquecer essas aflições que nos atormentavam, aquele assassino pagou o preço de tudo que fez. - diz John, ele tentava confortar os amigos. Enquanto isso, na cozinha do iglu, Anna e Lucas conversavam enquanto Anna preparava o café e Lucas pegava cookies, pizza e bolo. - Estou tão aliviada com o fim desse caso, às vezes eu achava que um de nós poderia ser a próxima vítima daquele assassino. - fala Anna, pegando um coador de pano. - Nem me fale, eu dormia todas as noites aflito. Era um tensão interminável, uma angústia que me fazia mal. Pelo menos, tudo acabou, agora temos que continuar seguindo com nossas vidas. - diz Lucas, preparando a mesa. Ele colocou um bolo de morango muito apetitoso no centro da mesa. - Só de me lembrar daquele psicopata contando a história tenebrosa da vida dele, eu me arrepio. - fala Anna, aflita, se sentando em uma das cadeiras da mesa redonda da cozinha. - Acalme-se, tudo já passou. Não temos mais o que temer, está tudo bem. - diz Lucas, se aproximando de Anna e a abraçando. Anna sorri para Lucas e o beija. Alguns minutos depois, o café fica pronto e Lucas havia acabado de pôr a mesa. Lucas vai até a sala e chama os outros agentes para virem comer, eles vão rapidamente, estavam famintos. Além disso, queriam se descontrair um pouco, tudo ainda estava muito tenso. - Nada melhor do que cookies e um copo de leite! - fala Kate, faminta. - Fala sério, uma pizza é muito melhor do que isso. - diz Libby, salivando ao observar a pizza. - Definitivamente, vocês estão com bastante fome! - diz Anna, sorrindo para os amigos. A agente bebericava uma xícara de café. - Eu ainda estou confusa... tudo aconteceu tão rápido. - fala Sara, sua expressão era de angústia. A médica cutucava um pedaço de bolo com um garfo. - Sara, você precisa relaxar. Não procure mais ficar pensando naquele psicopata, ele morreu. Agora temos paz! Então, o melhor que você tem a fazer, é comer alguma coisa e depois descansar um pouco. - diz John, sorrindo para a neurologista. Ele apalpava as costas de Sara. - John tem razão, tudo que passamos foi realmente difícil e perturbador, porém, acabou. Eu sei que tudo que aconteceu é extremamente recente, mas já passou. Estamos aqui para te ajudar. - fala George, sorrindo de forma acolhedora. Ele pega na mão de Sara, demonstrando afeto. - Estamos com você. - Sara, eu sou seu amigo faz muito tempo. E eu sempre estarei aqui, para te ajudar com qualquer coisa. - fala Libby, sorrindo. - Obrigada pelas palavras acolhedoras... É eu preciso comer, descansar. Minha mente está extremamente agitada, com o passar do tempo eu ficarei tranquila. - diz Sara, sorrindo timidamente para os amigos. Ela começa a comer o bolo que estava em seu prato. Após conversarem mais um pouco e comerem, os agentes, o químico e a médica vão para a sala. Eles se sentam no sofá e nas poltronas, estavam sonolentos, após algumas poucas falas e movimentos vagarosos, eles acabam caindo no sono. Dormiam pesadamente, mereciam um momento de descanso após tantas aflições e tormentos, era como se pudessem se recompor e dormir sabendo que a missão foi cumprida. Ruínas do esconderijo de Dahmer, 07:30 AM A mando de Gary, um pequeno grupo de agentes da força tática, liderados por uma agente especialista, procuravam pelo cadáver de Dahmer. Eles reviravam as pedras com a ajuda de um guindaste de pequeno porte, haviam muitos fragmentos de componentes eletrônicos, e alguns móveis e livros. Os agentes tomavam cuidado para não se contaminarem com alguma substância tóxica que Dahmer armazenava em seu esconderijo. O guindaste retira uma enorme pedra de sua posição, e então os agentes tem uma terrível visão, o corpo de Dahmer, esmagado, rodeado por uma enorme mancha de sangue, os ossos estavam em pedaços e a carne estava toda retalhada. - Foi uma morte horrível... - diz Sofia, a agente especialista que liderava a busca. Ela estava surpresa. - Isso me embrulha o estômago... esse foi o preço de fazer um inferno na ilha. - fala um dos agentes táticos. - Não quero mais ficar vendo essa cena. Recolham o corpo, vou avisar o G que concluímos a busca. - fala Sofia, um pouco perturbada com o que viu. Ela teclava seu telefone secreto, estava escrevendo uma mensagem para o Gary. Os agentes táticos recolheram os restos mortais, o embrulharam com materiais especiais e colocaram o mesmo em uma caixa plástica negra. Em seguida, puseram a caixa em um dos carros de busca e resgate na neve. Os agentes terminaram de guardar os equipamentos nos veículos e em seguida já saíram do local. Eles iriam para as instalações que abrigavam o Instituto Médico da EPF, que ficavam nas margens do rio que cortava a região inóspita logo atrás da Estação de Esqui. Instituto Médico da EPF, 07:40 AM Os agentes estacionam seus veículos na entrada do instituto. Sofia desce de um dos veículos, a agente, que vestia um jaleco e chamava a atenção por ter um cabelo ruivo deslumbrante, de forma imponente andava até a porta da construção. A agente abre a mesma e adentra a edificação, enquanto isso os agentes táticos iam atrás dela carregando a caixa que continha o cadáver de Dahmer. Sofia vai até o balcão da recepção, a agente diz: - Olá, sou a agente especialista Sofia. Estou aqui a mando do agente Gary, ele havia mandado eu liderar uma busca pelo corpo do assassino que atormentou a ilha nos últimos dias, porém que morreu hoje mesmo. Então, eu estou trazendo os restos mortais dele para os médicos legistas realizarem uma autópsia. - fala Sofia, mostrando seu distintivo. - Olá Sofia, a entrada para o Departamento de Autópsias está liberada, vá pela porta a minha direita. - diz a recepcionista, cumprimentando com a cabeça os agentes táticos logo em seguida. Os agentes adentram o Departamento de Autópsias, haviam várias mesas com computadores e papéis, no fundo da sala haviam portas que davam para as salas de autópsias ou para a sala onde armazenavam os corpos. O médico que comandava o departamento, aparece de repente, ele parecia apressado, usava óculos e tinha os cabelos espetados. - Olá agentes! Me chamo Eric, sou o médico que coordena o Departamento de Autópsias da EPF. Estava esperando por vocês, deixem o corpo na mesa central dessa sala. - fala Eric, andando de forma rápida, ele abre uma das portas da sala. Os agentes táticos deixam a caixa com o cadáver de Dahmer na mesa cirúrgica da sala, logo depois os agentes deixam a sala. - Prazer em conhecê-lo, sou Sofia, agente especialista que coordenou a busca pelo corpo. Assim que você concluir a autópsia, me avise, pois haverá uma reunião hoje à noite na Sala de Comando da EPF para tirarmos as conclusões do caso. Gary mandou você comparecer na mesma para divulgar os resultados. - fala Sofia, arrumando suas longas madeixas ruivas. - Avisarei assim que eu e minha equipe encerrarmos todo o procedimento, ele durará cerca de quatro horas. Por fim, emitiremos uma Declaração de Óbito, assim que ela estiver pronta eu entrarei em contato com você. Agora preciso iniciar a autópsia, já irei chamar a minha equipe. Até mais Sofia, foi bom te conhecer. - diz Eric, andando de forma acelerada pelas mesas, ele pega um telefone e chama a equipe médica. Sofia pega seu telefone secreto e liga para Gary. - Olá G, a autópsia será iniciada em alguns minutos. Assim que emitirem a Declaração de Óbito, o médico que coordena o Departamento de Autópsias me avisará. Quando isso acontecer você já poderá começar a preparar a reunião de hoje à noite. - fala Sofia, com tom de voz sereno. ''Ótimo! Você está liberada para fazer o que quiser hoje à tarde, mas lembre-se de comparer a reunião. Ah! Avise os agentes táticos, eles também estão liberados. Até mais agente!'' diz Gary, desligando o telefone logo em seguida. Sofia se aproxima da equipe de agentes táticos e avisa que estavam liberados. A agente especialista tira seu jaleco, ela estava usando uma saia de paetê preto, e usava uma blusa branca sem mangas. Sofia, com seu modo suntuoso de andar, se retira da instalações. Mesmo com os estragos da chuva ácida, alguns edifícios da ilha estavam abertos e em pleno funcionamento, como por exemplo, a Pizzaria, a agente estava indo para lá. Sofia queria se descontrair um pouco, foi um dia cansativo para ela. Por volta de 12:00 PM, foi emitida a Declaração de Óbito. Eric ligou para Sofia, avisando-a, logo após encerrar a ligação, a agente ligou para Gary, notificando-o sobre o fato. Algumas horas depois, Gary já havia acabado de preparar o material para a reunião. Às 8:00 PM, Gary manda um mensagem para o telefone secreto dos agentes e pesquisadores envolvidos com o caso, a reunião estava para começar. A última reunião, a reunião que encerraria um caso que trouxe caos e perturbações a toda ilha. Iglu de Sara, 5:20 AM
Sara estava deitada em sua cama, porém não conseguia dormir. Ela estava com seus olhos arregalados e vidrados no teto. Não conseguia pensar em outra coisa a não ser em Libby, as janelas do quarto estavam abertas e balançavam juntamente com belas e longas cortinas conforme um vento frígido entrava. Inquieta, ela se levanta de sua cama. Seus cabelos loiros eram agitados pelo vento enquanto seus olhos disseminavam preocupação. Sara estava decidida, ela iria atrás de Libby. Aturdida, ela pega uma jaqueta roxa e um óculos de sol aviador de suaves tons rosados. - Libby... eu irei te salvar. - diz Sara, em tom de voz baixo. Ela estava debruçada em sua penteadeira e respirava de forma ofegante. Para Sara, o fato de Libby cair nas mãos do assassino foi como um soco que a atordoou. Andando de forma descompassada, Sara abre a porta de seu quarto. Ela respirava fundo, estava realmente decidida que iria salvar Libby, a qualquer custo. Continuou com passos desconformes até a porta da sala, ela a abriu e saiu correndo rumo a mata fechada ao redor dos iglus. Sara corria entre os pinheiros e arbustos, seus olhos estavam arregalados, embora ela estivesse com sono não conseguiria dormir enquanto não achasse Libby. Ela corria e olhava atentamente tudo que estava a sua volta. Ela estava muito aflita, respirava de forma ofegante. Ela não queria pensar que poderia ter perdido seu velho amigo. Sala de Comando da EPF, 06:00 AM Os agentes estavam sentados nas cadeiras ao redor da grande mesa. Estavam intranquilos, mal haviam conseguido dormir. A apreensão era generalizada. - Olá agentes, a situação é de urgência. Devemos agir rápido! Vamos organizar grupos de busca para ir atrás de Libby e do assassino. - diz Gary, ele estava inquieto. - Devemos nos separar em pequenos grupos, e vasculhar centímetro por centímetro da mata fechada ao redor dos iglus! - fala Anna, seu olhar era de preocupação. - Ah... já ia me esquecendo... cadê a doutora Sara? - Realmente... ela não está aqui. Onde será que ela está? - diz Kate, olhando para os lados. - Boa observação agente Anna, irei ligar para ela. - diz Gary, enquanto teclava seu telefone secreto. Ele estava esperando ela atender. Esperou por alguns minutos e ela não atendeu. - Espero que ela tenha se atrasado e esteja a caminho, embora acho ela não seja de se atrasar e esquecer o telefone em seu iglu. - Eu não seria tão otimista assim G... creio que ela tenha ido atrás de Libby. Ela estava transtornada desde que Libby sumiu junto com aquele maníaco. Vocês lembram de como ela estava inconformada e desacreditada? - diz John, o agente estava aflito. - Bom, de qualquer forma, os três estão na mesma região da ilha, portanto devemos agir imediatamente, temos dois pinguins em risco e um assassino a solta. - fala George, ele estava pensativo. - Ok agentes! Vou dividir vocês em grupos de busca. Vocês também terão o reforço de grupos de agentes de elite. John, Anna e Lucas formarão um trio e George e Kate formarão uma dupla. O trio e a dupla terão o reforço de um grupo de agentes de elite, além disso outros grupos de agentes de elite estarão procurando por Libby, Sara e pelo assassino. - diz Gary, montando alguns aparatos de comunicação e rastreamento. - Iremos mantê-lo informado, Gary. Principalmente se descobrirmos algo. - fala Anna. - Lembrem-se! Sejam ágeis, sejam amigos, fiquem alerta! Eu ficarei daqui da Sala de Comando comandando as buscas. Boa sorte a todos vocês! - diz Gary, se despedindo dos agentes. - Utilizem os armamentos e equipamentos disponíveis, não se esqueçam de utilizar os veículos e carros de busca e resgate na neve. Podem ir, não temos tempo a perder! - Os planos maquiavélicos daquele psicopata estão próximos de seu fim... hoje conseguiremos capturá-lo! - fala Anna, ela estava confiante e respirava fundo. - É incrível como um pinguim insano e sanguinário causou tanto caos nessa ilha. - diz Lucas, ele estava inconformado. - Vamos fazer uma pequena parada no Café para decidir a direção que cada grupo tomará, por fim mandarei as coordenadas e os caminhos a serem percorridos para o telefone secreto de cada um de vocês. - diz John, os outros agentes concordaram. Os agentes saem apressados da Sala de Comando da EPF, não queriam perder tempo. A angústia pairava sobre todos, estavam tremendo, estavam inquietos e com medo. Eles sabiam que Libby poderia estar morto, porém, ao mesmo tempo em que estavam aflitos, estavam confiantes de que tudo acabaria bem. Ainda havia esperança. Esconderijo de Dahmer, 06:15 AM Dahmer e Libby estavam no escritório no interior da caverna, e de lá controlavam a máquina. Havia uma câmera lá fora, e observavam por meio de um monitor as imagens. A chuva ácida ainda não havia começado, mas faltava muito pouco para os primeiros pingos ácidos caírem. Dahmer já possuía muitos desvarios em sua mente, era um psicopata completo, e agora estava ali extremamente agitado e inquieto. Estava com raiva e ao mesmo tempo sorria de forma maléfica e odiosa. - Os demônios estão bramindo por sangue... - fala Dahmer, sua voz era metálica, o que deixava seus dizeres ainda mais horrendos. Libby não se movia, suava frio, ao escutar aqueles dizeres odiosos ele engoliu seco. Enquanto isso observava a ferocidade da natureza lá fora, mesmo feroz, a natureza ainda era sublime e harmônica. - A carnificina será regozijante para mim. - diz Dahmer olhando fixamente para o monitor, ele sentia prazer onde qualquer outra pessoa sentia ódio e consternação total. Café, 06:20 AM O Café era um ambiente aconchegante, porém isso não fazia com que as preocupações cessassem, além disso os agentes já haviam começado a estranhar o tempo brutal lá fora. - Eu, Anna e Lucas iremos nessa direção, vejam nesse holograma, que é um mapa da ilha. Já George e Kate irão na direção oposta, que também está sendo indicada no mapa. Parte do grupo de reforço irá com meu grupo e outra parte com George e Kate, e os agentes de elite restantes irão vasculhar toda a área restante da localidade ao redor dos iglus. - fala John, ele teclava seu equipamento e mandava para cada telefone secreto o percurso que cada grupo deveria fazer, enquanto isso ele comia alguns cookies com leite. - Ótimo! Agora vamos às buscas! - diz Anna, se levantando de um dos sofás do Café. Lucas estava de pé, olhando o céu através do vidro da entrada do Café. - O que me preocupa é esse tempo... nunca vi nada parecido, parece até que virá uma tempestade. Algo raro na ilha. - fala Lucas, ele estava surpreso e curioso, mas também estava preocupado. - Meus equipamentos meteorológicos indicam a chegada de uma tempestade... mas não podemos parar com as buscas, aliás nem começamos a vasculhar toda a floresta ao redor dos iglus. - diz John, ele olhava fixamente para seus equipamentos, estava apreensivo. - Temos que começar as buscas agora! Não podemos ser barrados por fenômenos naturais. Uma ventania gelada tomava conta de toda a ilha, os pinheiros balançavam de um lado para o outro. As nuvens anunciavam a chegada de algo atípico, a tempestade seria impiedosa. A mesa na frente do Café acabou sendo tombada pela ventania. As nuvens carregadas e negras eram iluminadas por relâmpagos de claridade fortíssima, os trovões eram ensurdecedores e os raios faziam desenhos elétricos tortuosos incríveis no céu. Logo em seguida, os primeiros pingos corrosivos chegavam a ilha, a tempestade seria avassaladora. - Macacos me mordam, nunca vi algo tão tenebroso... - diz Lucas, enquanto se afastava lentamente da vitrine, ele estava apavorado. - Oh céus... que cenário apocalíptico... - fala Kate, sua expressão era de pavor. George abre a porta do café e observa a mesa da entrada mudando de cor, ela estava enferrujando instantaneamente, estava sendo corroída. Ele imediatamente fecha a porta e se vira para todos com uma expressão assustada. - A chuva é... ÁCIDA! - grita George, ele não compreendia o que estava acontecendo. - Mas... mas como pode?... a poluição produzida pelos carros e fábricas da ilha é ínfima. - diz John, ele não conseguia acreditar. - Ah... eu acho que sei o que está havendo... Libby é químico, o maníaco deve ter forçado ele a construir alguma coisa para nos atrapalhar. - fala Anna, um turbilhão de hipóteses passava pela cabeça dela. - Faz todo sentido... então é provável que Libby ainda esteja vivo! SARA! Ela corre perigo, não sabemos onde ela está. Vamos colocar nossos equipamentos de proteção resistentes à substâncias corrosivas, temos que salvar Sara e Libby, e por fim acabar com os planos daquele assassino. Ele está ultrapassando todos os limites, toda ilha será contaminada por essa chuva! - diz John, guardando seus equipamentos eletrônicos e vestindo equipamentos de proteção. - A ilha nunca precisou tanto de nós! Acabei de comunicar o G sobre a chuva ácida, ele me avisou que os veículos e carros da EPF são resistentes a essas substâncias da chuva. Não temos tempo a perder, vamos! AGORA! - diz Lucas, enquanto vestia os equipamentos de proteção. Os agentes saem do Café e montam nos veículos e carros, eles se separaram em grupos e vão em direção a mata fechada ao redor dos iglus. Os veículos percorriam o caminho em alta velocidade, enquanto isso podia se observar a matéria orgânica e as construções sendo corroídas, os poucos pinguins que estavam fora de locais fechados corriam desesperados para procurar um abrigo. Desse modo, o caos se espalhava pela ilha. Mata fechada ao redor dos iglus, 06:35 AM Os grupos de agentes percorriam de forma veloz a mata, desviavam com precisão dos pinheiros e da vegetação arbustiva, os puffles selvagens e outros animais estavam em pânico, procuravam abrigo. A chuva era torrencial e os pingos corrosivos caiam ferozmente, o vento chacoalhava violentamente a copa das árvores, apesar do cenário ser apocalíptico os agentes seguiam firmes e determinados na busca por Libby, Sara e pelo maníaco lunático. O grupo de buscas de George e Kate observou um corpo caído embaixo de um pinheiro, estava entre arbustos. George freia bruscamente seu veículo, logo em seguida Kate e os outros agentes de elite freiam. George e Kate pulam de seus veículos e correm em direção ao corpo, estavam incrédulos. - É... É A SARA! - diz George, ele se agacha e levanta a cabeça de Sara. Em seguida, ele verifica os batimentos cardíacos, ela estava viva. - Aleluia! Ela está viva! - Talvez ela deve ter desmaiado por causa da chuva. Ainda bem que ela está viva! Agentes! Coloquem ela em um dos carros, cubram ela com algum pano e verifiquem se ela acorda. - diz Kate, agachada e mais tranquila em saber que Sara estava viva. Kate respirava de forma ofegante, estava mais tranquila, contudo os afligimentos não haviam cessado. Os agentes a enrolaram em cobertores, o ambiente era glacial. Se continuasse ali por muito tempo poderia sofrer de alguma doença relacionada a ambientes de frio intenso e ainda sofrer as consequências da chuva ácida. Sem demora, a colocaram em um dos carros, um dos agentes de elite ficou encarregado de observá-la. Kate pegou seu telefone secreto e avisou a Gary que havia encontrado Sara, logo depois, avisou os outros grupos de buscas. - Agora que encontramos Sara devemos encontrar Libby e o assassino! Rápido, não temos tempo a perder. - diz George, posteriormente sobe em seu veículo. Os agentes logo voltam as buscas em alta velocidade, estavam confiantes que acabariam encontrando o assassino e Libby. Se haviam encontrado Sara, poderiam encontrar qualquer pinguim, pensava Kate, ela estava confiante, entretanto ainda tinha medo. O grupo de buscas de John, Lucas e Anna acabou chegando no lago que ficava na região central da mata fechada. Alguns pinheiros mais deteriorados estavam caindo, uns atingiram os veículos de alguns dos agentes de elite que prestavam reforços, os outros agentes pararam para ajudar os companheiros que foram atingidos. - Minha nossa! Estão todos bem?! - grita Anna, logo em seguida ela pula de seu carro e corre em direção aos agentes atingidos. - Ninguém se feriu! Foi só um susto! - grita um dos agentes, ele se levanta e anda para longe do pinheiro caído. Ele estava um pouco zonzo. - Que bom! Infelizmente, teremos que deixar os veículos aí, não temos tempo para rebocá-los. Vão na garupa de algum veículo... os estragos que essa chuva está causando são assustadores. - fala Anna, enquanto observava um pinheiro caindo do outro lado do lago. - É uma pena que tudo está sendo contaminado... agora vamos voltar com as buscas! O que me deixa apreensivo é o fato de não termos achado nenhum sinal daquele assassino cretino ou de Libby. - diz Lucas, ele estava agoniado. - Pois é... mas não podemos desistir! - diz Kate, ela encarava o lago. Estava muito pensativa, de repente ela observa uma espécie de fumaça negra. - Ei! Olhem para o outro lado do lago! Um foco de fumaça. - É mesmo... que estranho. Mas será que não vem da chaminé de algum iglu? - pergunta Anna, ela pega seus binóculos e observa. - Droga! Meus binóculos estão sendo corroídos. - diz Anna, irritada, ela os guarda. - Creio que não vem de um iglu... essa fumaça está agressiva demais para ter saído de uma chaminé de um iglu comum. - fala Lucas, muito pensativo. - Acho que devemos ir até lá! Rápido! Os agentes concordam, não sabiam o que estava produzindo aquela fumaça espessa, porém decidiram ir até lá. Não sabiam se seria perca de tempo ou se lá estaria o terrível assassino, o responsável por toda aquela situação odiosa, pelas noites de sono perdidas e por todo medo e angústia dos agentes. Os agentes estavam prontos para ir, de repente um pinheiro que estava bem na borda do lago cai e leva junto parte considerável do solo, pinheiro e solo são engolidos pelo lago. Os agentes ficam boquiabertos com o que viram, e partem imediatamente. Em alta velocidade, contornam o lago, o coração de cada um daqueles agentes batia cada vez mais forte, em sintonia curiosa, os veículos ficavam cada vez mais rápidos, a cada obstáculo desviado ficavam mais apreensivos, suavam frio. O céu ficava cada vez mais escuro, a ventania cada vez mais implacável, as gotas ferozes se chocavam diretamente contra os agentes, não corroíam o equipamento especial, porém corroíam a alma dos agentes com preocupação e aflição. De repente, avistam uma pequenina área sem vegetação, havia uma caverna e na frente dela uma máquina com uma arquitetura engenhosa. Os agentes freiam, e olham perplexos para a máquina que expelia de forma violenta uma fumaça extremamente escura. Kate, John e Anna se entreolham, resolvem deixar os veículos ali mesmo e entrar na caverna, os agentes de reforço vão junto. Um dos agentes fica lá fora em um dos carros para observar Sara, que ainda estava desacordada. Dahmer já havia visto através das câmeras a chegada dos agentes. A caverna era iluminada por luzes instáveis, parecia que ficariam na escuridão a qualquer momento. Andavam de forma lenta, olhavam atentamente todo e qualquer detalhe a sua volta, seguravam as lanternas e armas de forma trêmula. Os agentes estavam tão aflitos e inquietos que pareciam uma bomba preste a explodir, ouvia-se a respiração pesada do grupo, os passos dos agentes eram tímidos e produziam ruídos secos. Avistam portas, uma delas se abre de forma lenta produzindo um som ensurdecedor e aterrador. Assustada Anna derruba sua lanterna, se sentindo intimidada ela dá passos para trás, tropeça e cai no chão, logo em seguida se levanta. Um pinguim de aparência quase espectral aparece na porta e logo depois a fecha. - Sejam bem-vindos... ao inferno... ha ha ha. - diz o psicopata, que utilizava uma capa preta com capuz, suas roupas eram escuras. Ele usava uma máscara e tinha uma arma na cintura. Mata fechada ao redor do iglu da festa, 09:10 PM
Os agentes que investigavam o caso estavam andando a pé pela mata, os outros agentes de elite e o Gary estavam utilizando os veículos para perseguir o assassino. Conforme a noite ia caindo o vento ficava feroz e o ambiente gélido. - Cadê aquele idiota? - diz Anna, com frio e apontando sua lanterna para todos os lados. - Ele não deve estar longe, quando a gente menos esperar ele irá aparecer! - fala Lucas. - G, sua câmera térmica captou alguma coisa? - Por enquanto nada, agente. - diz Gary acelerando no seu veículo e observando a câmera térmica. O assassino estava à espreita dos agentes. Estava escondido atrás de uma pedra, ele estava com a sua arma, porém resolveu não atirar, ele tinha alguns planos perversos em mente. - Estamos chegando perto de um lago! Esse aqui deve ser aquele lago que aparece próximo aos iglus no mapa. - fala Gary apontando para o lago. - É ELE! - diz Anna suando frio. Ela pega um arma e atira. - Seu imprestável! O tiro por pouco não acerta o maníaco, ele corre em direção a um veículo de busca e resgate na neve e empurra o agente que estava no mesmo, o assassino sobe no veículo e começa a se locomover entre os agentes. Ele atropela John que cai ferido a poucos metros do acidente, em instantes também atropela Kate que se choca contra o tronco de um pinheiro. Os agentes estavam atônitos, os olhos de Anna se enchiam de lágrimas. Libby, furioso, pega um gancho de escalada e atira em direção ao veículo do psicopata, o ganho se enrosca no veículo que continuava correndo e cortando caminho entre as árvores, e Libby ia junto sendo arrastado pela neve. O professor não estava disposto a soltar - Agentes! Rápido! Verifiquem se John e Kate estão bem! Enquanto isso, alguns agentes devem me acompanhar na perseguição. Vamos pegar aquele assassino! - diz Gary desesperado. - Lucas, fique aqui ajudando os nossos amigos. Eu irei junto com G e os agentes de reforço. Nós precisamos pegar aquele babaca. - fala Anna olhando diretamente nos olhos de Lucas. - Vai ficar tudo bem! Apenas cuide de Kate e John! E Sara, fique aqui fazendo companhia! - Anna sobe em um dos veículos. George, Gary e os outros agentes de reforço estavam prontos pra perseguição. Os veículos perseguiam o assassino em velocidade máxima, desviavam e aceleravam ferozmente. O vento estava impetuoso, balançava as copas dos pinheiros e esvoaçavam as roupas dos agentes, o cabelo de Anna bailava com o vento. Mais indomável que a ventania era a raiva de Anna, ela estava disposta a pegar aquele assassino a qualquer custo. - Todos os veículos e carros possuem um rastreador, é só nós seguirmos o sinal do veículo dele. Ele não tem como escapar se continuar dirigindo aquele veículo! - fala Gary sorrindo. Ele estava otimista, porém ainda aflito. O facínora dirigia seu veículo em zigue-zague, Libby se chocava com força no tronco dos pinheiros, mas não se soltava. Mesmo ferido, a fúria interna do químico tinha como produto força, ele estava determinado a capturar aquele pinguim sanguinário. O assassino observava as telas dos pequenos computadores do veículo e percebeu que estava conectado ao sistema da EPF, portanto, qualquer um podia rastreá-lo. Com violência ele esmurrava os computadores, que rapidamente deixaram de funcionar. - Perdemos o sinal! Droga! Vamos continuar nessa direção em velocidade máxima! - diz Gary, enxugando o suor da testa. Ele engolia seco. O maníaco estava próximo de seu esconderijo, uma caverna. Alguns poucos minutos depois ele para bruscamente o veículo, havia chegado. O assassino desce do veículo, ele ajeitava as sua roupa escura e a sua máscara, não disse nada. Libby se levantou, estava muito atordoado. - Quemm... é... é ... você? - diz Libby, ainda furioso e um pouco tonto. - A verdadeira vítima de tudo isso. - diz o assassino retirando sua máscara e olhando friamente pro professor. - O QUÊ?! DAHH... MER? DAHMER?! - fala Libby, em tom de voz extremamente assustado. Ele suava frio, respirava ofegante e tremia. - Mass... co... como... pode? Um... Um pizzaiolo... é... é o assassino?! - Seu medo me alimenta... - fala Dahmer, apontando sua arma para Libby. - Por agora eu não irei te matar, antes irei me divertir. Tenho coisas a resolver. - Co... como alguém pode ser... tão perverso? Não... eu não entendo... de onde vão tanto ódio. - diz Libby, desacreditado, ele gaguejava. - Responda você mesmo essa pergunta... o ódio é o prazer mais duradouro. Pense nisso, homem da ciência. Ha ha ha. - fala Dahmer, rindo friamente. Ele se divertia com a situação perversa que havia criado. Dahmer tinha um olhar párfido, irradiava ódio. O vento balançava com força os cabelos do pinguim e a sua vestimenta, ele anda vagarosamente e se aproxima de Libby, logo depois encosta o cano de sua arma na cabeça dele. Dahmer conduz o químico para o interior da caverna e o prende em uma sala, logo depois tranca a porta e empurra uma estante para frente da porta. Dahmer vai para sua sala, lá ele senta em sua mesa e pega um microfone. Esse microfone transmitia recados para a sala onde Libby estava preso. - Escute aqui seu babaca, acabou pra você. Então é melhor me obedecer se quiser continuar se enganando com suas falsas esperanças por mais algum tempo. Na madrugada, você terá que construir uma máquina que extermine toda essa gente. E depois, quando você se tornar mais inútil do que já é, o exterminado será você! - fala Dahmer, com tom de voz imponente e raivoso. Ele se sentia regozijado com a situação. Dahmer encarava a parede enquanto pensava em seus próximos planos. Na sala em que estava preso, Libby ouvia o recado do maníaco sanguinário. O químico imaginava que os neurônios do psicopata não pareciam funcionar por estímulos elétricos, mas sim por ódio. Deitado no chão da sala, Libby se sentia derrotado, ele soluçava de tanto chorar. Por sua cabeça passavam lembranças, pessoas e emoções. O professor sofreu uma avalanche de sensações e emoções, ele se sentou em posição fetal e olhava para o chão relembrando de todos os momentos que havia passado. Enquanto isso, os agentes que estavam nos veículos percorrendo a mata em busca do assassino resolveram voltar. Eles reconheceram que seria perigoso continuar andando pela floresta de noite com um assassino armado a solta. Quando chegaram no local de onde haviam partido se depararam com Lucas, Kate, John e Sara abraçados, Lucas já havia feito os primeiros socorros Kate e John. O cansaço e o medo haviam esgotado as energias dos três agentes e da médica, eles ficaram aflitos quando observaram os agentes chegando. Os carros e veículos estavam parados, os agentes se entreolhavam, eles tinham medo. - Eu sei que é difícil... mas tenho esperanças que Libby ainda esteja vivo. Ele conseguiu escapar da morte duas vezes! - diz Gary, cabisbaixo. - É perigoso ficarmos aqui, vamos voltar para a EPF. - Não pode ser... ele não pode ter morrido. Eu... eu sinto que não... - fala Sara, desolada. Ela começava a chorar enquanto se apoiava no ombro de Kate. - Sara... vai ficar tudo bem! Você só precisa... acreditar. - diz Kate, abraçando a amiga. - Passamos por muito coisa em muito pouco tempo... tempos melhores virão. Os agentes se levantaram e rapidamente todos montaram nos veículos de busca e resgate na neve e entraram nos carros. Iam contra o vento feroz, queriam esquecer por um rápido momento tudo aquilo. O vento revigorava. Sala de Comando da EPF, 11:45 PM Os agentes e a médica estavam sentados nas cadeiras ao redor da mesa sem nenhuma reação, foram paralisados pela angústia. Permaneciam inquietos, estavam apreensivos. - Agentes, não podemos resolver a situação agora, devemos esperar o dia amanhecer. Amanhã, eu quero todos vocês aqui às 6 horas da manhã. - diz Gary, respirando de forma descompassada e olhando quase sem esperança para a mesa. - A fagulha da esperança que há em nós não será apagada nem pela mais forte chuva. Devemos resistir, e não desistir. Amanhã cedo realizaremos uma busca pela mata ao redor dos iglus com o maior número possível de agentes. Ele não terá como se esconder... - fala Anna, se levantando de sua cadeira. Ela estava atordoada pelas suas próprias emoções. - Exatamente... às 6 da manhã. Todos nós estaremos aqui, iremos organizar grupos de busca. - reafirmava Gary. - Aquele assassino vai se putrefazer na cadeia. - fala George, com tom de voz que transmitia rancor. - Eu gostaria muito de saber quem é o imbecil. - diz Kate, encarando o nada. - Quem é aquele psicopata ordinário? - Com certeza alguém que irá queimar no inferno! Maldito! - gritava Sara, dando socos na mesa. - Sara, acalme-se! Você não pode ficar desse jeito! Vai enlouquecer. - diz John, segurando os ombros de Sara. Ele a abraça, Sara chorava. - Vai ficar tudo bem! Tudo bem... - Eu... eu preciso descansar... preciso ir para o meu iglu... - fala Sara, ela enxugava as lágrimas enquanto voltava a chorar novamente. - Até... Sara sai da EPF com passos lentos, ela arrumava seus cabelos e enxugava suas lágrimas novamente, tentava se acalmar. Ao sair ela se despede acenando dos agentes. - Coitada... espero que a Sara fique melhor. - diz Lucas, desanimado. - Bom... agentes, vocês estão dispensados. Podem ir para os seus iglus descansarem, porque às 6 horas da manhã começará uma longa busca. Venham até a Sala de Comando, aqui nós planejaremos a busca por Libby e pelo assassino. - diz Gary, sério. - Até amanhã, agentes. Esconderijo de Dahmer, 12:00 AM Dahmer sai de sua sala, ele estava armado e segurava algumas correntes. Ele empurra a estante que estava na frente da sala onde Libby estava preso. Em seguida, Dahmer bate na porta. Libby não responde. - É melhor você estar me escutando seu verme, eu vou entrar aí e é melhor você colaborar. - diz Dahmer, sua voz estava rouca, isso remetia a algo maquiavélico. O pérfido pinguim abre a porta e entra já apontando a sua arma para Libby, que estava deitado no chão. O químico parecia delirar, seus pensamentos e angústia o deixaram extremamente perturbado. - Seu ser imundo, levante desse chão! Agora! - diz Dahmer, chicoteando Libby com as correntes. - O... que.. e... vocêê... quer? - fala Libby, ele se levanta. Estava zonzo. - Saia da sala idiota! Vou levar você até a minha sala de equipamentos. E é melhor você fazer algo que realmente extermine esses vermes. Vamos dar um vermífugo pra esse povaréu de vermes... ha ha ha. - diz Dahmer, com sua voz medonha. - E é melhor você fazer o que eu mandar, não tente conspirar contra mim! - Não tenho adjetivos para descrever o quão odiosa é a sua pessoa... - fala Libby, seus músculos faciais saltavam de raiva. Dahmer ria de Libby, o assassino cuspiu na cara de Libby que estava prestes a cometer uma loucura. O psicopata encostou o cano de sua arma na cabeça do professor, o conduziu até a sala de equipamentos. Ao chegar na sala, o assassino amarra correntes no pé do químico e as prendem em uma bigorna. - Você tem apenas essa madrugada... construa algo útil que dedetize essa ilha. Esses pinguins... merecem passar por tudo o que eu passei. Eles que são a verdadeira escória. Ninguém é bom de verdade... - diz Dahmer, pegando uma chave de fenda e arremessando contra a parede da sala. Ele transbordava fúria, Dahmer era hostil. - Quando tudo isso acabar... você vai pagar tudo isso com juros! - diz Libby, esbugalhando os olhos. Suas veias estavam saltadas, pareciam que iriam estourar e simbolicamente representar todo sangue derramado por Dahmer. - Cale a sua boca. Em breve você nem estará mais vivo. É melhor começar a bolar algo! - diz Dahmer, dando uma surra no rosto de Libby. O químico pega um chave de fenda e tenta acertar o assassino, o mesmo segura a mão de Libby. - Não ouse... aceite que você é um verme! Seu babaca desgraçado! - fala Dahmer, gritando e dando socos em Libby. - Comece a construir essa porcaria logo! - Sua besta do demônio... - diz Libby, chutando o pé da mesa da sala. Dahmer sai da sala e bate a porta com força, logo em seguida a tranca. Libby estava imensamente aturdido, o que o deixava inábil pra pensar em construir qualquer coisa. Ele olha para um tubo de ensaio quebrado no chão. - Algo que envolva química... mas que depois, mesmo que não eu sobreviva, permita que os cientistas revertam a situação. - fala Libby, em tom de voz baixo, começando a se acalmar, respirando fundo. Libby tem uma ideia, começa a pegar várias peças, engrenagens, substâncias químicas e chaves mecânicas. Ele puxa uma lousa, pega um giz e começa a projetar. Uma máquina que permita produzir chuva ácida. - As consequências da chuva ácida são horríveis... pelo menos, as pessoas poderão se abrigar. O solo e água vão ser contaminados... caso eu saia vivo disso tudo, eu mesmo vou ajudar a reverter toda essa situação. Isso vai soltar fumaça, espero que isso ajude os agentes a nos localizar. - fala Libby, sorrindo timidamente. O professor passou várias horas lendo os livros de engenharia mecânica, engenharia química e engenharia elétrica. Enquanto isso, ele construía a máquina que causava chuvas ácidas. Apertava os parafusos, pregava, soldava as placas de metal, montava o circuito elétrico. O sistema interno era algo incrivelmente bem planejado, todas as peças trabalhavam em sincronia, era o bailar das engrenagens. Libby havia acabado de construir a máquina após várias horas de trabalho intenso e desgastante. Ele estava deitado no chão, ofegante, estava esgotado. Dahmer esmurrava a porta. - Já construiu essa droga?! - grita o assassino, ele estava impaciente. - Construí! Satisfeito? Vai me matar agora? - diz Libby, sua voz era rouca e ele estava debilitado de tanto trabalhar. - Ainda não vou te matar, você terá que operar a máquina. Aí depois que a máquina fazer o seu trabalho, eu vou me divertir um pouco. Que tal fazendo você pagar por tudo que vez?! Ha ha ha. - diz Dahmer, ele estava cego por seu ódio. Seus planos sanguinários o deixaram mentalmente doente. Era um psicopata completo. Dahmer abriu a porta da sala de equipamentos. O assassino estava com os olhos arregalados, estava ansioso, não via a hora de desgraçar a vida de todos os pinguins da ilha. - Cadê as lâminas dessa droga? Isso atira?! Eu pedi algo que matasse esses vermes. - diz Dahmer, chutando Libby que estava no chão. O químico se levanta, apesar de muito cansado. - Seu cérebro de platelminto parece não conseguir processar as informações! Isso é uma máquina produtora de chuvas ácidas! - diz Libby, encostado nas estantes. - E o que vai acontecer?! Seu babaca, fala logo! - grita Dahmer, puxando as correntes amarradas no pé de Libby. O químico cai no chão, sua face transmitia desolação e dor. - Seu palerma estúpido! Nunca ouviu falar de chuva ácida? Ao invés de cair apenas água, ácidos altamente corrosivos caem com a chuva. E isso corrói tecido orgânico, metal, pedras. E além disso, contamina tudo. - fala Libby, consternado. - Mas que maravilha! Essa gentinha vai virar presunto, e ninguém vai poder impedir isso, já que a causadora de tudo isso é a chuva! Mas isso é genial... ha ha ha. - fala Dahmer, rindo maleficamente. Ele não se contia de emoção. Seu sangue fervia, parecia entrar em ebulição, ele se sentia vingado. - Temos que colocar a máquina do lado de fora da caverna. Ao queimar carvão e combustíveis fósseis, serão produzidos gás nitrogênio e dióxido de enxofre, que serão liberados na atmosfera. Esses gases em contato com o hidrogênio presente no vapor de água da atmosfera dá origem às chuvas carregadas de ácido sulfúrico e ácido nítrico. E como temos bastante carvão e petróleo, dará pra fazer uma longa chuva ácida. Além disso, irei ferver a água lançando vapor de água na atmosfera, para aumentar a chuva. - explica Libby, atordoado. - Fantástico... mas tem como aumentar a potência disso né? Ao queimar muito carvão e petróleo de uma vez conseguiremos produzir uma chuva mais potente. - diz Dahmer, ele sorria. Seus planos estavam prestes a se concretizar. - Posso fazer isso... deixaremos a máquina lá fora, é só ligar esse fio na tomada para fazer a máquina funcionar. E ajustaremos a potência da máquina nos botões. - fala Libby, ele respirava fundo. Libby empurra a máquina, que tinha rodas para facilitar o deslocamento, até o lado de fora da caverna. Dahmer o acompanhava e o observava, ele estava armado. Em seguida, Dahmer liga o fio na tomada. Libby aperta um botão pra permitir o funcionamento da máquina e ajusta a potência, ele acopla um compartimento lotado de carvão e petróleo na máquina, do outro lado acopla um compartimento cheio de água. Uma fumaça tóxica era liberada e subia para a atmosfera. Conjuntamente, o vapor de água subia para o céu, para potencializar a chuva. - Eu também construí esse controle remoto para que seja possível controlar a máquina de dentro da caverna, não poderemos ficar aqui fora respirando essa fumaça. - diz Libby, andando mancando para dentro da caverna. Ele estava desconsolado, sua criação era terrível. Libby não acreditava que tinha construído algo pra contaminar a ilha e matar pinguins. Dahmer e Libby ficam no escritório no interior da caverna. Dahmer amarra novamente as correntes no pé de Libby e amarra a outra ponta das correntes no pé de uma estante da sala. - Aquela fumaça não irá chamar a atenção?! - fala Dahmer, preocupado. - Não, estamos cercados por pinheiros e muitos iglus soltam fumaça de suas chaminés, passaremos despercebidos. - diz Libby, em tom de voz desolador. Eram quase 6 horas da manhã, nuvens tempestuosas se formavam, a tempestade que estava por vir seria impiedosa e devastadora. Enquanto os ácidos pingos de chuva não chegavam, as lágrimas de Libby escorriam por todo seu rosto, e corroíam sua alma, lágrimas do ácido da culpa. A ventania não cessava, os pinheiros bailavam de forma brutal junto com a ventania gélida da madrugada. As nuvens escuras tampavam a luz do sol que havia acabado de surgir no horizonte, a tóxica tempestade muito em breve iria derramar suas primeiras gotas. Gotas que simbolizavam o ódio de Dahmer, e a culpa corrosiva da moral e ética, que Libby sentia. O químico estava arrasado, e fraco. Sala de Comando da EPF, 08:20 AM
Libby, Sara e os agentes que investigam o caso estavam sentados nas cadeiras da grande mesa da sala. - Libby, diga o que você viu. - diz Gary, se posicionando mais rente a mesa. - Eu estava em meu laboratório lavando meus tubos de ensaio, porém eu percebi que alguém havia entrado no iglu. Fingi que não tinha percebido e continuei na pia lavando as vidrarias, quando o pinguim entrou no laboratório, eu rapidamente abri um pote de sódio. O maníaco encostou a ponta de sua faca em minhas costas e me disse ''Você sabe a composição química do sangue?''. Imediatamente eu joguei o pote de sódio na pia cheia de água, e isso ocasionou uma explosão, eu dei uma cotovelada no assassino e sai correndo, antes peguei alguns equipamentos, e depois fechei a porta do laboratório, prendendo o psicopata lá. Armei uma ''bomba'' caseira de proporções maiores, e quando ele arrombou a porta do laboratório, ele me viu e apontou uma arma para mim. Logo em seguida eu detonei a ''bomba'' e minha sala foi reduzida a fragalhos. Não sei quem era, estava mascarado... contudo, aquela voz parecia familiar. - diz Libby apreensivo. - O que esse pinguim queria com você? Você não tem relação direta com Lucy e Steve. - fala Anna confusa. - Às vezes a mente pode ser bem perversa... ele pode ter colocado Libby na história por pura ''diversão''. Não sabemos o que se passa na cabeça de um psicopata como esse. - diz Sara enquanto se apoiava com seu braços na mesa. Estava aflita. - Sara tem toda razão. Devemos nos manter alertas! Porém como vocês estão realizando um ótimo trabalho, vocês terão o resto do dia para fazerem o que quiser. É uma folga! Coloquei agentes de elite em pontos estratégicos da ilha para observarem a movimentação, caso ocorra algo vocês serão chamados, mas acho que toda essa vigilância irá intimidar esse assassino. Mas lembrem-se... estejam alertas! - diz G, sorrindo para os agentes. - Uhu! Um dia de folga! finalmente algum momento de descontração para quebrar esse clima tenso. - fala Kate enquanto arrumava suas madeixas ruivas. - Tenho uma programação para o dia! Que tal agora todos nós sairmos para comer uma pizza? E de noite tem uma festa super bacana para nós irmos. - diz Lucas tirando convites de seus bolsos. Ele mostrava os convites enquanto sorria animado. - Acho uma boa. Nós só nos vemos na hora de trabalhar, acho que precisamos de um momento de diversão, até porque assim podemos nos conhecer melhor. - fala John. - Ótimo! Agora chega de enrolação, vamos para a Pizzaria! Devemos aproveitar esse tempo de folga! Libby e Sara, vocês deviam ir conosco, assim poderiam se distrair também. - diz George sorrindo para os pesquisadores. - Como Rookie já dizia, ''Conhecimento é pizza!''. - diz Libby rindo. Os agentes e os pesquisadores levantaram-se das cadeiras da grande mesa. Gary também se levantou, ele se despedia dos agentes. Os agentes, a médica e o químico se teletransportam para o Plaza, e logo em seguida entram na Pizzaria. Pizzaria, 08:30 AM O grupo de pinguins se separa: Lucas, John e Anna se sentam em uma mesa, e Libby, Sara, Kate e George em outra. Os garçons atendem as mesas e anotam os pedidos dos agentes e pesquisadores. - Ora ora, a nossa saudosa especialista está aqui na minha mesa! - fala Lucas, rindo e cutucando John, que também ria. - Deve ser porque na outra não tem mais espaço. - diz Anna sorrindo para Lucas. - Eu sei que você está adorando estar aqui na minha mesa. Não se faça de durona! - fala Lucas sorrindo. - Você trabalha com comédia? - diz Anna, debruçada na mesa. - Não, sou apenas um agente infiltrado. Mas eu teria muito futuro como humorista. - diz Lucas. John ri. - Acho que você deveria melhorar o seu repertório de piadas se for seguir carreira no humor. - fala John enquanto gargalhava da cara de Lucas. Anna também ria. - Vejam só! Estão tirando sarro de mim! Se não fosse pela pizza eu já teria ido embora. - diz Lucas, rindo junto com eles. Na outra mesa, Sara contava um pouco sobre sua profissão como neurologista. - Talvez ele seja um revoltado. - diz Kate se referindo ao assassino. - Ainda acho que ele é um babaca. - fala Libby, cruzando os braços. - É bizarro de se pensar que ele poderia estar aqui agora! - diz Kate olhando para o rosto dos clientes e dos pizzaiolos. - Não se preocupe, eu tenho algumas surpresinhas pra ele aqui nos meus bolsos. - diz o químico tirando dos bolsos alguns frascos com substâncias químicas. Ele aguarda logo em seguida. - Libby e suas loucuras! - fala Sara rindo. - Tenho que andar prevenido! - diz Libby sorrindo. Um pizzaiolo chega com os pedidos das duas mesas, eles se esbaldam. Os agentes e pesquisadores continuaram conversando por mais alguns minutos, eles pagaram a conta e saíram da pizzaria. Eles iriam aproveitar o momento de folga passeando pela ilha e depois começariam a se aprontar para a festa, ela começaria às 08:00 PM ''Parece que o professor patético, a sua amiga imbecil e os agentes irão todos em uma festa... preparem-se para o abatedouro! Ha ha ha, muitas mortes em um só dia...'' Prainha: 09:AM Libby foi para o iglu de Sara, junto com a mesma. Os agentes estavam sentados em volta da fogueira da Prainha observando o horizonte e as ondas quebrando. - O mar é revigorante! - diz Kate, com os cabelos esvoaçados pelo vento. - A natureza é fantástica. Isso me faz até pensar em fazer um iglu com design praiano. - fala Lucas colocando um óculos de sol. - O que vocês vão vestir para ir à festa? - fala John, ele bebia um suco de frutas tropicais. - Essa festa não vai ser de gala e nem algo parecido com um churrasco de fim de semana. - diz George enquanto dedilhava um violão. - Eu irei ir com uma roupa comum, só que elegante. - Eu vou ir com um vestido de couro, é um lançamento. - fala Anna. Lucas ri. - Anna e seu gosto pelas novidades da moda. Já que você gosta tanto de roupas deveria ser uma agente infiltrada assim como eu. - diz Lucas. - Não é apenas questão de novidades da moda. A moda sai de moda, o estilo jamais! - fala Anna com expressão imponente. - Desculpa aí, estilista. O que importa é aproveitar a festa. - diz Lucas, assando um marshmallow na fogueira. - Faz todo sentido a Anna ser estilista, ela vive alfinetando os outros. - diz John rindo. - Como você é tonto! - fala Anna rindo juntamente com John e Lucas. - Esperei tanto por momentos descontraídos assim! Bom, eu vou surfar! - diz Kate se levantando e correndo com sua prancha em direção ao mar. - Quando nós pegarmos aquele assassino todo dia será assim... - fala Lucas em tom de voz baixo. Loja Pinguim, 07:40 PM Os agentes, o professor e a neurologista estavam terminando de se arrumar para irem para a festa. - Aproveitei para arrumar meu cabelo. - diz Anna, desfilando pela loja. - Chanel é estilo! - Meu moletom de história em quadrinhos é muito mais estiloso. - fala Lucas, alisando seu moletom enquanto se olhava no espelho. - Inspirem-se em mim! - Não sei como conseguem demorar tanto para escolher uma roupa. Eu peguei uma calça e camisa social e uma jaqueta azul marinho, simples. - diz Libby, sentado em uma poltrona. - Fiquei maravilhosa nesse vestido. - fala Kate, ela jogava para os lados seus cabelos ruivos ondulados. - Essa estampa me lembra o universo! Me sinto como um corpo celeste. George e John estavam impecáveis, trajavam um terno azul marinho e roxo, respectivamente. Os dois estavam sentados nas poltronas da loja. - Kate e Anna, será que esse desfile de moda já acabou? Vamos para a festa logo! - diz George, bocejando. - Esse vestido amarelo e essa jaqueta me fizeram sentir mais jovem! - fala Sara enquanto balançava seu vestido. - Libby! Essa roupa me faz lembrar de uma festa que fomos quando estávamos na faculdade. - Só de lembrar disso eu me sinto velho. - fala o químico, dando uma leve risada. - Eu e você estávamos lindos naquela festa. - Vocês se beijaram nessa festa? - provoca Lucas, arrumando seu cabelo enquanto se olhava no espelho. - Eu vou fazer outra pergunta a você, meu caro Lucas... você vai beijar alguém na festa de hoje? - diz Libby dando um tapa nas costas de Lucas. - Se não for a Anna, ela ficará com ciúmes. - alfineta Kate, ela cutucava Anna. - Se toca menina! Acho melhor encerrarmos essas falas idiotas, vamos para a festa logo. - diz Anna, irritada. - Adorei ver como todos vocês ficaram desconcertados. Bom, que tal irmos logo pra festa? - fala George cruzando os braços. Em poucos minutos, os agentes e os pesquisadores, acabaram de se arrumar e chegaram rapidamente no iglu da festa. Iglu da festa, 07:55 AM Os agentes, a médica e o professor chegaram cinco minutos mais cedo, porém a festa já havia acabado de começar. Eles entraram no iglu, a decoração era impecável, havia muito jogo de luz e também bastante comida. O iglu possuía um design moderno e uma linda pista de dança. - Essa aqui é uma festa das boas! - diz Sara, cutucando Libby. - Fazia tempo que a gente não vinha numa dessa, hein? - Tem razão Sara! As músicas estão ótimas! - fala o químico. George e Kate se sentaram em uma mesa, haviam pegado comida e estavam saboreando-a. - Esse churrasco aqui superou as minhas expectativas. Como é bom comer, né? - fala Kate enquanto cortava a carne. - Comida! Sempre faz festas valerem a pena. - diz George, ele bebia um drink. - Muito bom! Anna, John e Lucas estavam na pista de dança. - Depois todo mundo vai ter que dançar de par. - fala John, ele terminava de beber um suco. - Pelo que sei, essa festa é famosa, tem todos os anos, e essa dança dos pares é tradição antiga dela. - Fala sério! Nessa hora eu vou estar sentada ali naquela mesa com o meu par, a comida. - diz Anna rindo. - Isso se a comida te aguentar! - provoca Lucas, os três amigos riram. Libby e Sara estavam perto da churrasqueira, estavam conversando com os pinguins ao redor. - Professor? O famoso Libby Calvin em uma festa? Quem diria! - diz surpreso um pinguim. Libby acena. - Sempre é bom espairecer-se por aí. - fala Libby, sorrindo. - Temos que aproveitar! O ex-aluno de Libby se aproxima e cumprimenta Sara, após uma rápida conversa o pinguim se despede. A festa corria bem, todos estavam se divertindo muito. Os agentes dançavam em sincronia na pista de dança, parecia até que haviam ensaiado, eles animaram todos da festa a dançar também, a empolgação tomou conta do lugar. Minutos depois o DJ anuncia o início do momento clássico da festa: a dança de pares. Anna sente o coração na garganta, estava eufórica, ela já estava saindo da pista de dança. Lucas segura Anna pelo ombro, ela se vira. - Nessa festa você não vai ficar sentada em mesa nenhuma observando os outros dançarem, seu par vai ser eu! - diz Lucas olhando diretamente nos olhos de Anna. - Ousado, hein? - diz Anna, ela estava tímida, olhava para os lados. - Ok... eu aceito a ''proposta''. Anna e Lucas começaram a dançar. Kate e George estavam dançando ao lado de Anna e Lucas, os dois pares de olharam e deram uma pequena risada. Logo em seguida, Libby e Sara formaram um novo par. A música era mais lenta e possuía um som magnífico. Anna sente o coração na garganta, Lucas parecia um pouco mais calmo que ela. Anna, desviava do olhar de Lucas, ambos estavam vermelhos. Os dois se olham fixamente por um momento, Anna se aproximava pouco a pouco de Lucas. O agente infiltrado sorri para Anna, se aproxima e a beija. Anna continua dançando, contudo, agora estava abraçada com Lucas. Kate e George observavam Anna e Lucas se beijando, Kate fica surpresa e George estava com os olhos esbugalhados. George e Kate se aproximam, os dois estavam com os batimentos cardíacos acelerados, e sem nenhuma hesitação se beijam. John fazia par com uma amiga, que já conhecia fazia muito tempo, e por coincidência estava na festa. Eles se atrapalharam nos passos, já que estavam muito eufóricos, pararam por um momento, os dois, sem mais nem menos, se beijaram. Um pinguim sentado em uma mesa na beirada da pista de dança se vira para um outro pinguim na mesa ao lado e fala: - Metade dos casais dessa ilha foram ''formados'' aqui. - o outro pinguim ri e concorda com a cabeça. Depois do momento romântico da festa ter acabado, Libby, que estava dançando com Sara, resolveu ir no banheiro, ele havia derramado um pouco de suco em sua roupa. Um pinguim colocou uma máscara e o seguiu. - Eu e minha cabeça de vento, devia ter prestado mais atenção. - diz Libby, falando sozinho enquanto se enxugava com uma pequena toalha. O químico escutou a porta se abrir, ele não viu ninguém. Libby escutou a porta do banheiro ser trancada. De repente ele se sentiu em perigo, ele encharcou a toalha na água e entrou em uma das cabines do banheiro e se trancou ali. Ele se sentiu apavorado, amarrou a toalha ao redor do nariz e boca, pegou luvas de borracha, que estavam em seus bolsos e as colocou, em seguida procurou nos bolsos de seu terno as suas substâncias químicas. Ouvia-se passos pesados em direção a cabine onde ele estava. O pinguim tirou de um de seus bolsos uma arma de fogo e apontou para a cabine onde estava Libby, o químico ouviu o som do assassino preparando a arma. ''Estou preparando a minha arma também.'', pensou o químico. Ele estava segurando dois frascos, um de fósforo branco em uma mão e o outro de hidróxido de sódio na outra. Libby se agachou dentro da cabine. O psicopata atirou na fechadura da cabine de Libby, a porta se abriu e logo em seguida Libby deu uma cabeçada no maníaco. De forma extremamente veloz Libby chutou a arma do assassino para longe, destampou os frascos e misturou as substâncias, a reação química gerou um gás incolor e extremamente tóxico, a fosfina. O professor destrancou a porta do banheiro e saiu do ambiente, logo em seguida fechou a porta do banheiro. Ofegante e desesperado Libby grita: - ASSASSINO! Tem um assassino no banheiro, ele tentou me matar! Não entrem no banheiro, pois eu fiz um reação química que gerou um gás tóxico, isso foi para poder me defender dele. Agentes! Venham aqui prendê-lo! CHAMEM REFORÇOS. Os pinguins olharam extremamente assustados e confusos para a situação. Os agentes que investigavam o caso cercaram o banheiro. Anna mostrava seu distintivo da EPF para os pinguins e pedia que todos mantivessem distância do local. O dono do iglu se aproximou de Anna. - O que está havendo aqui?! Como pode ter um assassino aqui na festa? - diz o dono do iglu, estava aflito. - Eu ordeno que você evacue esse iglu, peça para todos irem embora! A situação é extremamente perigosa! Estamos lidando com um assassino em série. - fala Anna, ela olhava de forma imponente para o dono do iglu. Ele concordou com a especialista, o dono correu até a mesa do DJ e pegou um microfone, ele pediu para que todos fossem embora imediatamente. Um caos tomou conta do conta, havia uma grande movimentação. Algumas mesas e móveis acabaram derrubados, já que havia grande correria e os pinguins, de forma não intencional, esbarraram nas mesas e móveis. Pode-se escutar um tiro vindo do banheiro, o assassino estourou a fechadura da janela com um tiro e fugiu. Anna e Lucas correram para fora do iglu, viram um vulto que parecia cada vez mais longe e difícil de ser visualizado. Anna tirou uma arma de seu vestido de couro e atirou em direção ao pinguim. - O babaca já está longe, seria um perigo tentar segui-lo de noite por mata fechada. Ou nós nos perderíamos ou morreríamos. - fala Anna, respirando pesadamente. - Aquele tiro foi desnecessário, nunca ouviu a história de que tiro no escuro na grande maioria das vezes erra o alvo? - diz Lucas, ele estava muito apreensivo. - Agora devemos voltar para o iglu, é perigoso ficarmos aqui fora. Anna concorda e os dois voltam correndo para o iglu. Os agentes, os pesquisadores e o dono do iglu agora estavam sozinhos no iglu. Kate havia chamado reforços, iriam realizar uma busca por toda redondeza para tentar capturar o maníaco lunático. - O maldito tinha que aparecer pra estragar o dia... em compensação sinto que estamos perto de prendê-lo. - fala Libby, ele estava conturbado. - Os reforços já estão chegando! Se tivermos sorte vamos conseguir pegá-lo... - diz Kate olhando para o nada. Repentinamente, vários agentes de elite chegaram em carros de resgate e veículos de busca e resgate na neve. Gary estava em um dos veículos, ele desceu do mesmo e disse: - Rápido! Peguem essas lanternas e esses capacetes-lanterna! Vamos capturar aquele assassino! - diz G, enquanto jogava caixas de equipamentos no chão. - Vamos entrar nessa mata fechada, é perigoso, porém necessário para salvarmos a ilha de mais mortes! Sala de Comando da EPF, 09:00 AM
Os agentes de elite estavam apresentando para Gary todas as pistas e informações que descobriram na investigação do dia anterior. - G, agora devemos ir até o iglu de Steve, o ex-namorado de Lucy. - fala Anna se apoiando na mesa da sala. - É uma boa ideia, ele pode saber de algo ou estar envolvido com o desaparecimento. - diz G enquanto checava o banco de dados da ilha em seu minicomputador. Em poucos segundos ele descobre o endereço de Steve e o anota em um papel que entrega para Anna. - Obrigada Gary, acho que devemos ir lá imediatamente. - diz Anna guardando o papel em um de seus bolsos. - Vamos usar nossos telefones secretos para aparecer na frente do iglu de Steve! - fala Lucas teclando em seu telefone secreto. Gary se despede dos agentes, e os mesmos logo em seguida vão se teletransportando para a frente do iglu do ex-namorado de Lucy. Iglu de Steve, 09:05 AM Os agentes aparecem entre vários iglus. - Acho que o G errou levemente as coordenadas geográficas. - diz John olhando para os iglus em sua volta. - Qual desses iglus próximos a nós será o de Steve? - fala Kate confusa. Muito próximo dos agentes estava o maníaco lunático, escondido dentre arbustos. O pinguim, que vestia roupas escuras, uma máscara e uma capa negra com um capuz, ficou surpreso com a aparição repentina dos agentes. ''Estão atrás do ex-namorado daquela galinha, eu vou acalorar as coisas para esses babacas. Ha ha ha'' - pensa o psicopata que ia lentamente em direção ao iglu de Steve. Após sair sorrateiramente dos arbustos, o pinguim se aproximava do iglu de Steve. Uma leve brisa percorre o ambiente, a capa do maníaco bailava ao vento. Ele observava, pela janela do iglu, Steve sentado no sofá de sua sala. Os agentes estavam se aproximando, mas ainda não haviam notado a presença do pinguim, sem hesitar ele abre a janela lentamente e entra no iglu pela mesma. - Quem é você?! - fala Steve dando um pulo de seu sofá. Ele estava em pânico. - Alguém que irá te ensinar uma lição. Talvez em outra vida, assim como Lucy, você deixe de ser um otário. - diz o maníaco sacando uma faca extremamente afiada. O psicopata observava seu reflexo na faca muito bem polida. - Eu nem te conheço! Por favor, não me mate! O fato de Lucy ser otária não tem relação comigo! - implora Steve que havia tropeçado e agora estava rastejando no chão tentando fugir. - Eu adoro o cheiro doce, rude e espesso de homicídio em lugar fechado.- fala o pinguim que se aproximou velozmente da vítima e desferiu um golpe em sua barriga, conjuntamente a vítima gritava em um tom extremamente desesperador. Steve estava morto. O psicopata olhava para o corpo ensanguentado no chão. Ele sorria, estava regozijado. O maníaco correu, pulou e saiu pela janela, como um ser espectral ele desaparece entre os arbustos. - Ouviram esse grito? - fala George. Os outros agentes que estavam procurando o iglu de Steve logo se viram em direção a George. - Tenebroso...veio daquele iglu ali. - diz Kate apontando o iglu. Os agentes logo correm até o iglu, em seguida Anna bate repetidamente na porta. Ninguém atende. Ela insiste e novamente não abrem a porta. - Acho que teremos que ser pacíficos. - diz John dando um chute na porta e arrombando a mesma. Surpresos, os agentes entram um a um no iglu. Olharam o corpo de Steve no chão. Estavam perturbados com o que viram. - Eu não posso acreditar... - fala Lucas olhando incrédulo para a face sem expressão de Steve. - Esse assassinato acabou de acontecer! Não faz nem dois minutos, com certeza, o pinguim que fez isso tem relação o desaparecimento de Lucy. Ele sabia que estávamos atrás de Steve! - diz Kate se agachando e levantando a cabeça do pinguim. Ela verificava o pulso, Steve definitivamente estava morto. Não demorou muito tempo e se ouviu outro grito vindo do lado de fora do iglu. - Outro grito! John, George e Lucas, fiquem aqui. Kate vamos verificar o que houve! - diz Anna puxando Kate pelo braço. Em pouquíssimo tempo estavam na porta do iglu, olhavam para os lados. Viram um rastro de sangue na neve, andaram próximo ao mesmo e observaram um corpo jogado nos arbustos ali perto. - Oh céus! LUCY! - grita Anna incrédula. Ela se apoiava no ombro de Kate, que também estava pasma. George logo aparece na porta, ele se aproximava do corpo com passos rápidos. Conferiu a pulsação, Lucy era mais uma vítima, também estava morta. - Se nós tivéssemos agido a tempo conseguiríamos ter a salvado. Ela acabou de morrer, vocês escutaram o grito! - diz Anna caindo no choro. Ela enxugava as lágrimas. - Não é nossa culpa, não tínhamos nada que ajudasse a encontrá-la e salvá-la. Nem sabíamos que ela estava tão perto de nós. Devemos ser racionais agora... se esses pinguins acabaram de morrer... quer dizer que o assassino está muito perto de nós. Vamos entrar imediatamente no iglu! - diz George olhando a sua volta. - Safado... você tem toda razão. Estamos correndo perigo! - diz Kate arregalando os olhos e olhando para George. Os agentes entram no iglu de Steve e fecham a porta. Eles estavam tentando entender os fatos. - Estão vendo aquela janela? Aparentemente é a única que está aberta. E Steve está caído aqui no centro da sala, quando estava vivo ele estava olhando para a janela. O assassino definitivamente deve ter entrado pela mesma! Vamos fechá-la. - diz Lucas fechando a janela e arrumando as cortinas que se esvoaçavam com o vento. - Vou ligar para o G. - diz John. Gary atende, John logo relata os acontecimentos. - Estamos correndo perigo! Vou relatar tudo rapidamente: Estávamos procurando o iglu de Steve, já que a localização que você forneceu não foi tão precisa. De repente, escutamos um grito, invadimos o iglu e achamos um pinguim morto, e adivinhe só quem era esse pinguim... Steve! Segundos depois, outro grito, outra morte, dessa vez Lucy! O assassino deve estar aqui fora nesse momento. Mande uma equipe vir nos dar cobertura. - diz John que encerra a ligação logo em seguida. ''Adoro plateia nos meus espetáculos sanguinários. Por enquanto, isso foi apenas para dar um susto nesses agentes... em breve eles irão pro inferno junto com os outros palermas que matei. Agora irei me encontrar com aquele professor patético, acho que ele garantirá uma boa diversão... três assassinatos em um dia? Acho que é uma ótima dose. Ha ha ha.'' - fala o maníaco que observava os agentes em pânico por uma janela do iglu de Steve. Logo após observar os agentes amedrontados, ele sai aceleradamente correndo entre os iglus e arbustos, ele estava indo no iglu de Libby, sua última vítima do dia. Iglu do professor Libby, 09:35 AM O iglu de Libby era a mistura de uma casa aconchegante com um laboratório de química. Ele estava aproveitando seu dia de folga para limpar seu laboratório. O professor iria lavar alguns tubos de ensaio, ele colocou uma tampa de ralo para a água da pia não vazar, posteriormente abriu a torneira, ele iria encher a pia de água. Ao lado da pia estavam os tubos de ensaio e alguns grandes potes com substâncias e elementos químicos. O assassino em série havia entrado por uma janela aberta no quarto de Libby, ele andava muito lentamente pelo iglu, estava procurando por Libby. Suas botas escuras estavam sujas de sangue, o azulejo branco do iglu de Libby logo estava cheio de pegadas de sangue. Uma visão perturbadora, um assassino, você em seu iglu e um chão com pegadas de sangue. O professor ouve barulhos suaves de passos, ele se arrepiou inteiro. O assassino aparece na porta do laboratório, Libby estava de costas, ele precisava pensar rápido, então ele abre um grande pote de sódio. Libby fica por alguns momentos paralisado, ele fingia não perceber a aproximação do assassino. O professor sente a ponta da faca em suas costas. - Você sabe a composição química do sangue? - diz o maníaco no ouvido de Libby. O professor, em um ato corajoso, joga o pote de sódio na pia cheia de água. Uma explosão com bastante fumaça acontece, ele logo dá uma cotovelada no rosto do assassino que cai atordoado no chão. Libby corre e abre um de seus armários do laboratório e rapidamente pega um detonador elétrico caseiro, um frasco com 200 g de pó de fulminato de mercúrio (II) e um frasco de pólvora. Ele sai correndo laboratório e tranca a porta do mesmo. Agora, Libby estava em sua sala, ao invés de fugir do iglu ele estava armando uma última surpresa para o assassino. - As coisas irão esquentar para esse cretino. Tenho a impressão de já ter ouvido a voz dele antes... - fala Libby muito nervoso e tremendo. O professor joga os objetos de sua mesa de centro no chão da sala, ele abre os frascos e joga o conteúdo deles em cima da mesa, em seguida pega seu detonador elétrico caseiro e põe a ponta do fio sobre a pólvora e o fulminato de mercúrio. Libby ouve pancadas na porta do laboratório, ele deveria agir rápido. O químico estica o fio do detonador até o lado de fora de seu iglu. Libby, agora estava fora de seu iglu e observava o que estava acontecendo lá dentro através da janela. A porta do laboratório é arrombada pelo assassino, ele procurava por Libby. - Eu estou vendo você aí na janela, seu tolo. Já que você gosta tanto de explosões, nada melhor do que eu explodir seus miolos. - fala o serial killer sacando sua pistola e apontando para Libby. O professor aperta o botão do detonador e instantaneamente a sala inteira é explodida e tomada por um pó cinza espesso. As janelas estouraram, os móveis foram danificados e o assassino estava ferido caído no chão. Alguns objetos caiam e pedaços do teto do iglu despencavam. Havia algumas chamas tímidas espalhadas pelo iglu. - Olhe só, parece que é você que está com a cabeça quente. - diz Libby rindo da situação do assassino. - Se você tem uma pistola e uma faca, eu tenho a química! - completa Libby, posteriormente ele corre para longe de seu iglu. Os agentes que Gary mandou para fazer cobertura aos agentes designados a investigar o caso estavam ali perto, eles perceberam a explosão e barraram Libby. - Posso saber o que aconteceu? - diz um dos agentes encarando o professor. - Um assassino invadiu o meu iglu, e o que eu fiz foi legítima defesa: Explodi o iglu. - fala Libby dando de ombros. - Como? - diz outro agente confuso e com uma expressão de surpresa. - Sem mais enrolações, vocês deviam ir prender aquele tolo. - diz Libby chacoalhando pelo ombro um dos agentes. O agente se afasta do químico, em seguida dá a ordem de irem verificar o iglu. - Só peço que tomem um pouco de cuidado. Utilizei uma substância tóxica na hora de explodir a minha sala. - diz Libby colocando as mãos na cintura. - Minha câmera térmica está indicando vários focos de alta temperatura lá dentro. - fala um dos agentes apontando para sua câmera térmica. - São focos de incêndio. Afinal, eu explodi o iglu. Chamem os bombeiros, mas antes verifiquem se o paspalho ainda está lá. Ah! E usem máscaras, óculos de proteção e não toquem em nada sem luvas. - diz o químico. O grupo de agentes entra dentro do iglu, o pó cinza da explosão já havia baixado. Não havia mais ninguém ali. Apenas uma outra janela aberta, o assassino havia escapado. Os agentes saem do iglu, e dizem para Libby que irão isolá-lo temporariamente por perigo de contaminação da ilha, e também porque é um dos locais em que o assassino esteve, portanto, irá ser investigado. - Ótimo! Vou ter que morar de favor em outro iglu. Já sei quem poderá me ajudar. - diz Libby teclando seu telefone celular. Um dos agentes interrompeu o professor. - Amanhã você deverá prestar depoimento na EPF. Há um grupo de agentes responsáveis por investigar o caso desse assassino. Agora nosso grupo de agentes tem que ir, estamos em uma missão. E não se esqueça... tome cuidado com esse assassino! - diz o agente se despedindo de Libby. - Tomarei cuidado, e amanhã cedinho prestarei depoimento. - fala Libby esperando sua amiga atender o telefone, alguns segundos depois ela atende. - Alô? Sara! Então... aconteceu um probleminha aqui com o meu iglu, um assassino veio me atacar e eu resolvi a situação de um modo um pouco drástico... explodi o meu iglu, e usei uma substância tóxica na hora de explodi-lo. Será que dá para eu passar um tempo aí no seu iglu? Espero que me entenda. - fala Libby torcendo para que ela o ajudasse. Sara era uma velha amiga de Libby, ela era uma médica neurologista, tinha lindos cabelos loiros e sempre estava dentro da moda. Sara resolveu ajudar o amigo, os dois conversaram por mais um tempo e encerraram a ligação. Iglu de Sara, 10:30 AM Libby estava sentado no sofá da sala, ele conversava com Sara. Tentavam entender o motivo desse assassino atacar o professor. - Sara, tem coisas sem explicação na ciência. E há também muita gente louca, eu tenho a impressão de conhecê-lo, mas não sei de onde, de qualquer forma, eu não tenho inimizades com ninguém, às vezes atacam um pinguim por pura diversão. São insanidades da mente. - fala Libby bebericando uma xícara de café. - Você tem razão... mas tudo acabará bem, você teve sorte de escapar dessa. Nunca pensei que química fosse tão útil na vida prática. - fala Sara rindo. - Conhecimento é poder! - diz Libby com um ar de sabedoria. - Quando você for prestar depoimento, eu irei junto com você. É perigoso demais sair por aí sozinho. Ainda mais agora que esse assassino está a solta. Devemos fechar muito bem as portas e as janelas. - fala Sara preocupada. - Tudo bem. Você como médica neurologista poderia inclusive prestar uma mãozinha para a EPF entender o que se passa na mente daquele idiota. - fala o químico. - Realmente. Seria uma ótima aventura! - diz Sara sorrindo. - Só espero que prendam logo esse assassino insano... a ilha corre perigo. - fala Libby olhando para o nada e lembrando dos momentos de tensão com o assassino. - E que toda essa tensão se transforme em paz! Vai ficar tudo bem, fique tranquilo... estou aqui com você. - diz Sara preocupada abraçando o amigo. ''Cretino... Nunca pensei que alguém conseguiria se safar dos meus planos. Ele é mais inteligente do que eu pensei, mas agora ele me confrontou e me feriu... Irá ter uma morte horrível... Ha ha ha.'' Escondido entre os arbustos da Floresta... prestes a iniciar seu mais desprezível plano. Era madrugada, o insano pinguim se aproximava sorrateiramente da vítima. Como um espectro maligno ele assusta a pinguim, e com uma forte pancada faz a vítima desmaiar. O maníaco lunático amarra as mãos e os pés da pinguim desacordada, logo em seguida a enrola em lençóis. Em pouquíssimos minutos ele desaparece entre a vegetação levando a vítima.
Dois dias depois... Sala de Comando da EPF, 09:30 AM A família da pinguim sequestrada pelo misterioso pinguim presta queixa de desaparecimento. Gary logo toma conhecimento do ocorrido, aflito, ele convoca uma equipe de cinco agentes de elite altamente especializados em suas funções. Gary estava sentado em uma das cadeiras da grande mesa da sala, ele esperava pelos agentes. Logo, aparece Kate, uma pinguim amarela imponente de cabelos ruivos, era agente de elite. Em seguida, chega George, um pinguim verde de cabelos espetados, era agente da força tática. Não muito depois, chega o agente infiltrado Lucas junto com John, agente transmissor. Por último, entra uma pinguim roxa com um estilo moderno e cabelo deslumbrante, era Anna, a agente especialista. Todos se cumprimentaram. O famoso inventor estava inquieto, os agentes mal se sentaram na mesa e ele logo se levantou, andava em volta da mesa enquanto explicava o caso. - Olá agentes! Vocês foram convocados para investigar esse caso de desaparecimento, um acontecimento extremamente incomum. - diz Gary com uma expressão preocupada. - Que coisa mais estranha. Nunca vi casos de desaparecimento na ilha. Quem desapareceu? - fala Kate curiosa. - Lucy é o nome da desaparecida. Uma jovem pinguim, a família viu ela pela última vez a dois dias atrás, a noite, antes dela sair para fazer uma festa. - diz G mostrando fotos e informações da pinguim no grande telão da sala. - Temos pistas do que possa ter acontecido com ela? - pergunta John enquanto arrumava seu cabelo. - Nenhuma. Não sabemos nem onde ela pode ter desaparecido, talvez no local da festa, ou então quando estava indo ou voltando da mesma. - diz G. - Chega de enrolação. - fala Anna enquanto se levantava. - Temos que começar a agir agora! - conclui ela. - Olha só! Temos uma pinguim de personalidade forte. - debocha Lucas. Anna logo se aproxima dele. - Fique quieto. Quanto mais tempo demorarmos para agir menos chances de estar viva ela terá. - fala Anna irritada. - De qualquer forma teremos que iniciar a investigação. Então podem iniciá-la agora, nesse papel está o endereço do iglu da vítima e o iglu da família dela, e também o endereço do iglu da festa. - diz G entregando um papel para Lucas. Estação de Esqui, 10:05 AM Os agentes estavam na frente da Estranha Parafernália Falante, todos vestidos como civis. Anna olhava em um holograma de mapa projetado por sua maleta de agente especialista. - Okay, vamos perguntar para a especialista da EPF. Aonde vamos agora senhora dona da verdade? - fala Lucas rindo de Anna. - Lucas, você é um tremendo piadista! Fico surpresa ao saber que você é agente, poderia trabalhar no circo. Mas agora respondendo a sua pergunta, acho mais apropriado irmos primeiro no iglu da festa, e devemos ir no iglu da vítima logo em seguida. Acho que não há necessidade de ir até o iglu da família, eles prestaram queixa e já disseram tudo que sabiam. - diz Anna mostrando a localização dos iglus no mapa holográfico. - Uau, vocês adoram se alfinetar hein. Vamos usar nossos telefones secretos para ir rapidamente até o iglu da festa. - diz Kate manuseando seu telefone secreto. Os outros agentes fazem o mesmo logo em seguida. Iglu da festa, 10:10 AM Os agentes aparecem um a um na frente do iglu da festa. Ele estava com a porta aberta. - Vamos pôr luvas e entrar. - diz George distribuindo luvas para os agentes. Logo em seguida os agentes colocam as luvas. - Acho melhor entrarmos com cuidado. Olhem pelas janelas, as luzes estão todas apagadas e a porta está aberta. - diz John em tom de voz baixo. Kate logo sai na frente dos agentes, e vagarosamente se aproxima da porta do iglu e entra no mesmo. Kate acende a luz do iglu, ele estava de pernas pro ar. Haviam copos plásticos, serpentina e purpurina espalhados pelo chão. Os móveis estavam levemente tortos e com os objetos fora do lugar. - Minha nossa, aqui aconteceu uma festa ou um furacão? - fala John olhando espantado para a desordem do local. - Cadê o dono do iglu? - diz Lucas. Os agentes logo vão se separando e entrando nos cômodos. - Acho que deve estar perdido nessa bagunça. - responde Kate sorrindo de forma carismática. George entra no banheiro do iglu e tenta acender a luz, ela não ligava. O agente olha para a lâmpada e vê que ela foi quebrada. Confuso ele observa que há uma banheira e a cortina do box está fechada, ele a abre e vê um pinguim coberto de algo que aparenta ser sangue. - CREDO! - diz George saindo correndo e trombando com Lucas. - O que está havendo? - pergunta Lucas assustado. - Um corpo na banheira! - diz George apontando para o banheiro. Lucas entra no banheiro e vê o corpo, ele pega o pulso do pinguim e... ele está vivo! Confuso, o agente pega o suposto sangue em sua mão. - Espere aí... isso é molho de tomate! - diz Lucas perplexo. - Como assim?! Quem é o cretino que faz uma brincadeira dessas? - fala George entrando no banheiro e encarando o pinguim na banheira. Os outros agentes logo entram no banheiro confusos com o que estava acontencendo. John se aproxima da banheira e liga o chuveiro. A água gelada cai no suposto morto que logo se assusta e levanta, porém escorrega caindo no chão do banheiro. - Cruzes. Esse cara é idiota ou é impressão minha? - pergunta Anna com uma cara de estranhamento. - Tenho que tirar a pizza do forno... e arrumar esse iglu... - fala o pinguim que se levanta do chão levemente atordoado, ele se desequilibra e quase cai novamente. - Calminha aí! Somos agentes da EPF. Posso saber o motivo de você estar igual um idiota em uma banheira com molho de tomate espalhado pelo corpo? - diz Anna segurando o pinguim pelo ombro. - Eu acordei e estava indo preparar uma pizza, só que eu estava muito cansado, acabei indo no banheiro e sem querer tropeçei e cai na banheira. Acho que eu estava com molho de tomate em minhas mãos e eu devo ter caído junto com ele. - responde o pinguim ligeiramente zonzo. - Que nível hein! Bom... qual o seu nome? Você é o dono desse iglu? E uma última pergunta importante. Sabe aonde está uma pinguim chamada Lucy? Ela veio em uma festa que você deu no seu iglu a dois dias atrás. - diz Lucas suspeitando do peculiar pinguim. O pinguim logo se senta na privada. - Agentes da EPF no meu iglu? Que doidera! Eu sou sim o dono desse iglu, me chamo Jack. E com relação a essa Lucy... bem... eu lembro que ela foi embora da festa quando já era tarde, eu sei apenas isso. - responde Jack bocejando de sono. - Jack... você sabe aonde Lucy foi depois de sair daqui? E você tinha alguma relação com ela? - diz Anna. - Eu não sei aonde ela foi, mas acho que foi para o iglu dela, não é mesmo? E eu não tinha nenhuma relação com ela, ela é amiga de um amigo meu. Os dois estavam aqui na festa, mas não foram embora juntos, ele foi embora mais tarde ainda. - fala Jack se levantando e indo até a pia do banheiro, ele lavava o rosto. - Hmm... bom... acho que já sabemos o suficiente. Vamos embora. - diz Anna olhando para os agentes. - Concordo. E... Jack, acho melhor você dar um trato nesse iglu. Parece até que foi saqueado, que bagunça. - diz Kate saindo do banheiro desviando dos copos no chão. - Tem razão moça. Vou arrumar esse estrupício de iglu. - diz Jack acompanhando os agentes até a porta do iglu. Os agentes logo saem do iglu. Do lado de fora do mesmo estavam se preparando para ir para o iglu da vítima, e assim encerrariam a investigação do dia. Universidade, 10:50 AM Era apenas mais um dia cotidiano de aula na Universidade. Na sala dos professores, sentado no sofá, estava um professor durão, Libby Calvin, um professor de química. Para Libby, ciência se aprendia também na prática, ele era conhecido por realizar alguns experimentos químicos com os alunos. Uma vez, Libby realizou um experimento com altas temperaturas, sem querer um frasco de Erlenmeyer explodiu. Histórias de acidentes como esse ou então de experimentos super curiosos sempre eram comentados pelos alunos. Libby havia acabado de arrumar seu material, seu expediente por hoje havia acabado, ele iria na Pizzaria. Pizzaria, 11:00 AM Libby entra na Pizzaria e logo se senta em um dos bancos do balcão da Pizzaria. Um pizzaiolo amigo do professor se aproxima dele, e pergunta o que ele iria pedir. -Olá Dahmer, eu quero uma pizza de sardinha com molho picante. E me traga um suco de frutas tropicais. - diz Libby acenando para o amigo. - Ótima pedida! Aguarde alguns minutos. - fala Dahmer anotando o pedido. Como Dahmer havia dito, dentro de alguns minutos o pedido chegou, Libby saboreava a pizza e o suco. Logo ali estava o pinguim desvairado, observando Libby, o próximo pinguim a ser sequestrado por ele. O plano estava correndo bem, ele já estava prestes a dar um susto na população de toda a ilha... era apenas uma questão de tempo... Iglu de Lucy, 11:20 AM A equipe de agentes que estava investigando o caso de Lucy vasculhava o iglu da mesma. Estavam buscando por pistas do que poderia ter acontecido a pinguim. - Já vasculhamos esse iglu inteiro, e tudo que descobrimos foi que ela tem uma geladeira cheia de doces, refrigerantes e carnes de churrasco. Talvez ela tenha morrido de diabetes ou infartado enquanto estava voltando para casa. - fala Lucas se apoiando em uma estante do quarto de Lucy. - Como você é idiota! - diz John rindo de Lucas. - Ela tem um péssimo gosto para literatura. Olhe isso aqui! São livros de receita e histórias de amor melosas. - diz George com expressão de estranhamento ao ler as sinopses dos livros da estante de Lucy. - Aqui está algo importante! Uma mistura de diário com álbum de fotografias. - diz Kate segurando um caderno. A agente se senta na escrivaninha de Lucy e folheia o caderno. - Vá para o dia em que ela desapareceu. - diz Anna olhando o diário atentamente. - Acho que não deu tempo dela escrever sobre aquele dia... o último dia que ela escreveu sobre, foi... vejamos... no dia anterior ao seu desaparecimento. ''Amanhã tenho uma festa no iglu de Jack, um amigo de Charles, espero poder me divertir, já que acabar o meu namoro com Steve foi péssimo pra mim.'' - diz Kate curiosa com o que leu. - Ela só escreveu isso? O resto é ela contando sobre o dia dela, não é? - diz Anna lendo o diário. - Exato. Acho que devemos interrogar esse tal namorado, temos que descobrir aonde ele mora. - fala Kate se levantando da cadeira que estava sentada e indo até a janela do quarto de Lucy. - Espero que ela ainda esteja viva... - diz Anna aflita. ''Alguns pinguins dessa ilha precisam aprender uma lição... se estivessem vivos depois dela nunca mais iriam esquecê-la ha ha ha. Eles vão pagar caro por tudo o que fizeram... mas eu preciso me divertir um pouco antes com outras pessoas inocentes...'' |
AutorA série foi escrita por Técnico1, misturando o universo Club Penguin com Química, algo então inédito. CapítulosForam sete capítulos, indo ao ar até 18/02/2019.
DescriçãoLibby: O temperamental professor de química da Universidade CP teve uma reviravolta em sua vida após cruzar seu caminho com um... assassino! Porém, ele também teve a sorte de cruzar com um grupo de agentes (bem bacanas).
O Assassino: Um psicopata completo, ele é tão insano e apresenta explicações tão tenebrosas para os seus atos que parece um personagem de um filme de terror (tosco). No entanto, ele também parece ser bem inteligente, já que escondeu por um bom tempo sua verdadeira identidade.. SobreNa pacata Ilha Club Penguin, uma pinguim desaparece, após esse excêntrico acontecimento um grupo de agentes é convocado para investigar o caso. Antes que seja descoberta qualquer pista do paradeiro da pinguim ela tem um final trágico... Enquanto isso, um professor de química, um tanto temperamental, acaba caindo nas mãos do psicopata insano, porém o professor tinha uma arma muito eficiente ao seu lado: A química. Será que a química irá conseguir ''corroer'' os planos de um homicida?
Audiência:
Boa |